A convite da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, o presidente Lula (PT) visitou na noite desta última segunda-feira, 9, a sede da Corte, para ver novamente o cenário de caos gerado por antidemocratas que invadiram o espaço no último domingo, 8. A ida ao Supremo ocorreu com caminhada do petista, a primeira-dama Janja, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Luís Roberto Barroso e Dias Toffolli, todos ministros do STF. A caminhada, decisão anunciada de última hora pelo presidente, foi uma surpresa para a imprensa, que aguardava em uma das dependências do Palácio do Planalto, onde ocorreu a reunião, a saída das autoridades para realizarem o deslocamento em uma van, estacionada em uma das garagens externas do prédio. Estavam presentes também no encontro o presidente interino do Congresso Nacional, Veneziano Vital (MDB); o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP); e o procurador-geral da República, Augusto Aras.
Na reunião, Lula fez novas críticas aos antidemocratas. “Essa gente não tem pauta de negociação […] O que eles querem é um golpe, e golpe não vai ter”, afirmou o presidente, acrescentando que “a única pauta que essa gente poderia querer foi questionar o resultado eleitoral.” “Uma parte dos perdedores não aceitou. Estão na rua reivindicando o quê?”
O presidente em terceiro mandato afirmou, também sobre os crimes de domingo, que a “polícia de Brasília negligenciou. A inteligência de Brasília negligenciou.” “Na minha diplomação, a polícia de Brasília via o pessoal tocando fogo em ônibus e nada foi feito […] Até que tivemos coragem de tomar o policiamento do DF. Temos quase 1.500 pessoas presas e que vão ficar presas até o final do inquérito. Eles também são vítimas, massa de manobra […].”
A fala do presidente está em consonância com a do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) de horas antes. Em coletiva, o gestor citou os mesmos números ditos por Lula.