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7 de dezembro de 2023

Rádio opinião

Lula falará de preço de combustíveis nas primeiras propagandas do PT

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Além da política de preços da Petrobras, Lula também lembrará legados de seu governo e mencionará criação do Bolsa Família, substituído pelo Auxílio Brasil desde 2021

Temática tem sido abordada por diversos candidatos à Presidência da República este ano (Foto: Reprodução/Facebook)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordará o aumento do preço dos combustíveis na primeira leva de propagandas partidárias nacionais do PT neste ano.

Além da política de preços da Petrobras, Lula também lembrará legados de seu governo e mencionará a criação do Bolsa Família. Esses temas constam nos roteiros das primeiras peças que foram gravadas e serão divulgadas ainda em março.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), eleita para dois mandatos, ficará de fora das inserções, mesmo as que tratam exclusivamente da participação das mulheres na política. Caberá à presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), abordar o tema. Segundo a dirigente, Dilma não gravou porque estava em viagem ao Chile representando o partido, na semana passada, na posse do presidente Gabriel Boric.

Cinco anos depois de ter sido extinta, a propaganda partidária obrigatória na televisão e no rádio retornou neste semestre. A lei prevê a obrigatoriedade de se destinar ao menos 30% do tempo total disponível aos partidos à promoção e à difusão da participação política das mulheres. Além da obrigatoriedade eleitoral, o eleitorado feminino será tratado como uma das prioridades no programa.

Lula é um dos calos do presidente Jair Bolsonaro (PL), que registra alta rejeição nesse segmento. Petistas dizem que há a intenção de incluir a ex-presidente nas próximas propagandas, assim como representantes mulheres da bancada do PT no Congresso. Segundo Gleisi, ainda haveria uma tentativa de gravar com Dilma para as primeiras inserções, mas, por causa do tempo remanescente, as chances seriam remotas.

A participação da petista na campanha de Lula é motivo de debates internos no PT. A cúpula do partido decidiu se vacinar contra críticas à política econômica implementada no governo de Dilma, antecipando debate que deverá marcar a corrida presidencial. A crise econômica que antecedeu o impeachment da presidente, em 2016, se tornou munição de adversários, entre eles Bolsonaro.

Dilma já avisou a pessoas próximas que ela mesma defenderá seu governo quando atacada durante a campanha. A presidente do PT, porém, nega que haja qualquer tentativa de esconder Dilma. “Dilma tem participado de nossas atividades, inclusive fazendo agendas [no Brasil] e agendas internacionais representando PT e Lula, como essa do Chile. Não há a menor possibilidade de Dilma não estar presente na campanha”, afirma Gleisi.

O secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, diz ainda que o fato de o partido ter dois ex-presidentes da República é motivo de “orgulho e comemoração” para a sigla. “Vamos aproveitar todo esse potencial para dialogar com o povo brasileiro e o Lula voltar a governar o país”, afirma.

Mulheres ligadas ao PT e que participaram de evento com o ex-presidente Lula na semana passada, em SP, também devem aparecer no programa, como a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e a socióloga e noiva do petista, Rosângela da Silva, a Janja.

Durante sua fala, Gleisi deverá defender o aumento da participação feminina na política e ressaltar o fato de que o PT tem a única governadora mulher do País. O partido também pretende adotar o tom da “esperança” em suas propagandas. O mote é resgatar a “felicidade” e o “orgulho” dos brasileiros nos anos em que governou o País. (Folhapress)

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