A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara Federal, acionou, por meio de ofício, o Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), solicitando providências e informações sobre as denúncias de práticas LGBTfóbicas do pastor André Valadão.
As recentes falas do pastor, estimulando seus seguidores a praticar violência contra pessoas LGBTQIAP+, são, para Luizianne e a CDHMIR, de natureza criminosa, pois ferem toda uma população. “Liberdade de expressão não dá salvo conduto a discursos odiosos e incitação ao crime. LGBTfobia é crime!”, afirma a parlamentar.
Luizianne Lins lamenta que André Valadão se utilize da fé das pessoas para incitar, reiteradas vezes, o ódio. “Que seja responsabilizado, como todos aqueles que propagam violência contra as pessoas LGBTQIAP+”, encerrou a deputada.
INVESTIGAÇÃO
O MPF já instaurou, nesta semana, um procedimento para apurar possível prática de homofobia praticada pelo pastor durante transmissão de um culto de sua igreja pelo YouTube. Durante a pregação nos EUA no último domingo, 2, André Valadão disse que, se pudesse, “Deus mataria” e “começava tudo de novo”, se referindo à comunidade LGBTQIA+. Em seguida, o religioso afirmou ainda, aos fiéis, que “agora estava com eles” e que deveriam “ir para cima”.