O zagueiro Luiz Otávio, ídolo do Ceará, já está há oito meses sem vestir a camisa do time em uma partida oficial. No Vozão desde 2017, ele está há seis meses em recuperação pós-cirúrgica de lesão no Ligamento Cruzado Anterior (LCA), estrutura responsável por funções fundamentais para a estabilidade e funcionalidade do joelho. Além da ruptura, o então capitão chegou a sofrer uma contusão no menisco lateral, o que causava fortes dores e limitava a movimentação. Em etapa avançada de recuperação, o atleta já está fazendo trabalhos reduzidos e específicos para a sua posição em campo, mas ainda não é possível estipular o retorno aos jogos.
O coordenador da parte médica do Centro de Saúde e Performance do Ceará (CESP), Daniel Gomes, explicou como foi o processo cirúrgico. “No começo do ano, fizemos a cirurgia que consiste em dois tempos cirúrgicos. Primeiro, fazer o reparo do menisco. A gente fez o reparo isso tirando aquela zona onde ele sentiu bloqueio. Além disso, a gente fez a reconstrução do ligamento cruzado anterior. Hoje, essa reconstrução acontece usando um reforço adicional do ligamento anterolateral”, informou.
Em fisioterapia, o zagueiro afirma que a pior parte da recuperação já ficou para trás. “Momento de muitas dores, noites sem dormir. Logo quando você faz a cirurgia, nos primeiros dias, você fica se perguntando se vai dar para voltar, por conta das dores, mas aí você vai passando pelo período de reabilitação, e com a força dos profissionais que eu pude contar, vivendo cada processo e cada etapa também, sendo bem consciente, isso já ficou para trás”, citou.
No quinto mês de recuperação, foi dado início a uma nova etapa do processo, em que foi realizada uma série de testes para que os profissionais alvinegros tivessem os parâmetros necessários para avaliar a possibilidade de retorno do atleta. Luiz Otávio, conforme o clube, surpreendeu positivamente. No momento, as atividades do jogador se dividem entre os trabalhos na academia e no campo, ainda de modo controlado, mas já em contato direto com a bola e, com menor impacto, com os companheiros de equipe.
Conforme o Ceará, ainda não é possível dimensionar o momento exato em que ele vai poder retornar aos gramados. Conforme o clube, para que tudo ocorra da forma mais assertiva, os processos pré-estabelecidos serão respeitados e, com o decorrer do tempo, os testes físicos e clínicos serão repetidos até a liberação total para o trabalho com o grupo.