A Justiça acatou manifestação do Ministério Público do Ceará (MPCE) contrária à instauração de um Incidente de Insanidade Mental solicitado pela defesa do policial civil acusado de matar quatro colegas dentro de delegacia em Camocim, no interior do Ceará em maio deste ano. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 14. O caso segue em segredo de justiça.
No último dia 14 de maio, quatro policiais civis foram assassinados a tiros na madrugada, dentro da Delegacia Regional de Camocim. Os agentes de segurança foram surpreendidos no alojamento por um colega da corporação, identificado como Antônio Alves Dourado, 44, que invadiu o local enquanto estava de folga e disparou contra eles.
As vítimas da chacina foram os escrivães Antonio Claudio dos Santos, Antonio Jose Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira e o inspetor Gabriel de Souza Ferreira.
A defesa de Antônio Alves Dourado informou que o cliente apresentou atestado médico no qual foi prescrito afastamento, por 15 dias, devido a problemas de natureza psicológica, ligados diretamente ao exercício da profissão. A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), entretanto, nega.
“Não foi recebido atestado médico ou qualquer outra documentação solicitando afastamento do servidor no Departamento de Gestão de Pessoas. O policial tinha conhecimento dos trâmites de pedidos de licença, visto que consta em seus registros funcionais três licenças para tratamento de saúde — sendo duas por problemas na coluna, em 2019, e uma para tratamento de covid-19, em 2022”, diz, em nota, a PCCE.