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9 de outubro de 2024

Justiça Eleitoral autoriza busca e apreensão em comitê e casa de Moro por irregularidades nos materiais de campanha

Atualmente candidato ao Senado pelo estado do Paraná, o ex-juiz é acusado de irregularidades em publicações nas redes sociais e materiais impressos de campanha
Foto: Agência Brasil/Divulgação

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Na manhã deste sábado, 3, a Justiça Eleitoral cumpriu mandados de busca e apreensão de materiais de campanha no comitê e na casa do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), atualmente candidato ao Senado pelo estado do Paraná.

A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná que acatou argumento da Federação Brasil da Esperança no Paraná (organização entre PT, PCdoB e Partido Verde) de que diversos materiais impressos da campanha do ex-ministro estavam irregulares.

As redes sociais do candidato também estão na mira da Justiça Eleitoral, após o advogado Luiz Eduardo Peccinin afirmar que Moro tem publicado propaganda irregular.

O relatório do caso indica que alguns posts do ex-ministro “sequer mencionam o nome dos suplentes, em absoluta inobservância à legislação eleitoral”.

Todos os vídeos do canal de Sérgio Moro no Youtube deverão ser excluídos, incluindo aqueles com críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também serão removidos os links de dezenas de páginas sociais da campanha do candidato ao Congresso.

Procurada, a assessoria de Moro respondeu à Folha de S.Paulo que “a busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular”.

Contudo, por nota, a equipe afirma que a acusação “não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão”.

O apartamento de Moro foi o local indicado no registro da campanha dele ao Senado, por isso foi alvo de buscas. A assessoria do candidato informou que nada foi apreendido onde o candidato reside.

Além do ex-juiz, a Justiça Eleitoral também cumpriu mandado de busca e apreensão de materiais de campanha no comitê de Paulo Roberto Martins (PL), também candidato ao Senado pelo Paraná, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

O advogado Luiz Eduardo Peccinin argumenta que a Justiça Eleitoral paranaense “garante igualdade no cumprimento da lei para todos os candidatos. Ele solicita a suspensão completa da campanha que está “praticamente toda irregular”.

No caso de Sérgio Moro, sua propaganda visivelmente tenta esconder seus suplentes do eleitora, por isso deve ser inteiramente suspensa”, indica Peccinin.

Com informações da Folha de S.Paulo

 

 

 

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