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14 de setembro de 2024

Junho foi mês mais quente já registrado na história da humanidade, diz meteorologia

Com pouco mais de 0,5°C acima da média de 1991-2020, aumento de temperatura do mês passado superou a de junho de 2019 - recorde anterior
Foto: Divulgação/Prefeitura

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O último mês de junho foi o mais quente já registrado em todo o mundo em termos de temperatura do mar e do ar, de acordo com informação do Copernicus Climate Change Service, apoiado pela União Europeia (UE). “Junho foi o mês mais quente globalmente, com pouco mais de 0,5°C acima da média de 1991-2020, superando junho de 2019 – recorde anterior – por uma margem substancial”, disse o relatório do Copernicus.

O órgão baseia suas conclusões em análises geradas por computador, usando bilhões de dados de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas em todo o mundo. Copernicus disse que a Europa registrou temperaturas recordes durante o mês, enquanto partes da América do Norte, Ásia e Leste da Austrália ficaram significativamente mais quentes do que o normal para a época do ano.

A temperatura do mar atingiu novo recorde em junho, devido a mudanças de longo prazo e em parte devido ao El Niño, fenômeno climático natural que alimenta os ciclones tropicais no Pacífico e aumenta as chuvas. O gelo do mar antártico atingiu a menor extensão desde o início das observações de satélite, 17% abaixo da média, e quebrou o recorde anterior de junho, acrescentou o Copernicus.

“Anomalias excepcionalmente quentes na temperatura da superfície do mar foram registradas no Atlântico Norte. Ondas de calor marinhas extremas foram observadas na Irlanda, no Reino Unido e no Mar Báltico”, informou o relatório.

IMPACTOS NO CEARÁ

No Ceará, o fenômeno El Ninõ deve afetar o nível das precipitações e temperaturas no Estado. Segundo Eduardo Sávio, presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em evento sobre o balanço da quadra chuvosa deste ano, a expectativa era de uma “subsidência de ar” com a consolidação do El Niño, o que impediria a formação de nuvens.

“Por isso que a gente tem que manter o monitoramento, e que a alocação leve isso em consideração para usar essa informação nas decisões e liberações ao atendimento de demandas que são previstas pelo sistema de reservatórios do Estado”, explicou.

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