O primeiro mês do ano marca a Campanha Janeiro Branco, movimento brasileiro sobre Saúde Mental que já possui mais de uma década, e convida a sociedade a refletir, dialogar e agir em prol do bem-estar emocional. A iniciativa foi criada em 2014 pelo psicólogo, palestrante e escritor mineiro Leonardo Abrahão, e desde 2023 é reconhecida oficialmente como lei federal, sendo o maior movimento do mundo dedicado à Saúde Mental, conforme destaca o Instituto Janeiro Branco.
O objetivo principal da Lei é garantir uma cultura de saúde mental que impacte todos os setores da sociedade, fortalecendo a prevenção, o acolhimento e a psicoeducação. A lei visa criar uma sociedade mais saudável e empática, promovendo o bem-estar emocional e combatendo tabus sobre saúde mental.
A cada ano, a campanha recebe um tema, e o de 2025 é: “O que fazer pela saúde mental agora e sempre?”. O intuito da temática é fazer com que pessoas, famílias, empresas e instituições públicas e privadas apoiem ações que estimulem a valorização da saúde mental como prioridade coletiva.
Iniciativas como rodas de conversa, oficinas, caminhadas, corridas e eventos culturais estão previstas em diversas cidades do país durante todo o mês de janeiro. As atividades contam com psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, educadores, gestores, líderes comunitários, mídias e a população em geral.
CUIDADOS COM A SAÚDE
Conforme o estudo Calendário da Saúde, uma pesquisa que monitora a opinião pública dos brasileiros sobre questões de saúde atreladas ao calendário oficial de ações do Ministério da Saúde, entre as mais de 1000 pessoas ouvidas pelo levantamento, 45% mencionaram sofrer de ansiedade, com uma maior prevalência entre mulheres (55%) e jovens de 18 a 24 anos (65%). Já os que afirmam ter depressão entre os entrevistados somam 19%, sendo novamente a porcentagem de mulheres (24%) maior que a dos homens (13%).
Para Cristiano Nabuco, psicólogo especialista em dependência tecnológica, há alguns sinais que devem ser observados em relação à saúde da mente.
“Consumo excessivo de álcool, comprar de maneira demasiada, enfim, sempre que eu saio do meu ponto de equilíbrio, isso pode ser um forte indicador de que algo não vai bem. Os profissionais de saúde treinados para ajudar não vão chegar e dizer como deve viver melhor a sua vida, a vida é sua. O que ele vai fazer? Ele vai provocar reflexões que têm muitas vezes esse fator de cura.”
Além disso, as mudanças no comportamento e nos sentimentos também são um alerta: “sensação constante de cansaço ou esgotamento emocional. Dificuldade de se concentrar como antes. Dificuldade de ter satisfação em coisas que eram muito agradáveis”, completa Nabuco.
Com Agência Brasil.