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29 de novembro de 2023

Rádio opinião

Invasão russa afeta também mundo dos esportes

Foto: Divulgação

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Decisão do presidente russo Vladimir Putin não afeta apenas os dois países envolvidos diretamente no confronto e já gerou impacto em diferentes atividades, como no futebol e na Fórmula 1

David Mota
ESPECIAL PARA OPINIÃO CE
david.mota@opiniaoce.com.br

Foto: Divulgação

Desde a noite, aqui no Brasil, da última quarta-feira, 23, o noticiário mundial se voltou para a invasão da Rússia ao território ucraniano. A decisão do presidente russo Vladimir Putin não afeta apenas os dois países envolvidos diretamente no confronto, e já gerou impacto em várias nações, em diferentes atividades, como no mundo do esporte.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) foi a primeira entidade a repercutir a atitude russa no mundo dos esportes. O COI condena o governo russo, alegando que houve violação da Trégua Olímpica. A Trégua Olímpica é uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), que os 193 Estados-membros da ONU adotaram, em consenso.

O período que corresponde a resolução vai de 28 de janeiro, sete dias antes do início das Olimpíadas de Inverno de Pequim, até 20 de março, sete dias depois do encerramento dos Jogos Paralímpicos de Inverno. Outra entidade que criticou a ação do governo russo foi a União das Associações Europeias de Futebol (Uefa). O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, convocou uma reunião extraordinária para às 6h (horário de Brasília) desta sexta-feira, 25.

A decisão da necessidade da reunião foi tomada após um grupo de parlamentares europeus solicitarem por escrito à Uefa, a mudança de local da final da Liga dos Campeões 2021/2022 e pedindo que as cidades russas passem a ser desconsideradas em competições internacionais.  A final da Liga dos Campeões desta temporada estava marcada para o estádio do Zenit, em São Petersburgo, na Rússia, no dia 8 de maio deste ano.

A expectativa é de que a Uefa se posicione e troque o local de disputa da decisão do campeonato. Ainda no mundo do futebol, as seleções da Polônia, Suécia e República Tcheca também se manifestaram contra o ataque russo e se manifestaram, em conjunto, através de uma nota, que não desejam disputar as próximas partidas das Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo do Catar, na Rússia.

As seleções, junto com a Rússia, formam o quadrangular que decidirá quem vai se classificar para a próxima Copa do Mundo. Segundo o calendário das Eliminatórias, a Polônia disputará a semifinal contra a Rússia, em Moscou, no dia 24 de março. Enquanto Suécia e República Tcheca, se enfrentam no dia seguinte pela outra semifinal. Os vencedores se enfrentarão na final.

A Federação Internacional de Futebol (Fifa), maior entidade representativa do futebol mundial, também se posicionou contrária ao conflito. “A FIFA condena o uso da força pela Rússia na Ucrânia e qualquer tipo de violência para resolver conflitos. A violência nunca é uma solução e a FIFA pede a todas as partes que restaurem a paz por meio de um diálogo construtivo. A FIFA também continua expressando sua solidariedade às pessoas afetadas por este conflito. Em relação aos assuntos de futebol na Ucrânia e na Rússia, a FIFA continuará monitorando a situação e as atualizações em relação às próximas eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022™ serão comunicados oportunamente.”

Entrando no mundo do automobilismo, as autoridades da Fórmula 1 não desmarcaram a corrida que acontece em solo russo. O comunicado foi de que estão “acompanhando de perto” os acontecimentos na Ucrânia e não foi comentado se o Grand Prix (GP) da Rússia realmente acontecerá, como está marcado, para setembro.

O GP da Rússia acontece desde 2014, o evento deste ano, datado para 25 de setembro, está programado para ser o último realizado em Sochi, ao redor do parque olímpico. A previsão é de que, a partir de 2023, a corrida seja realizada em uma pista perto de São Petersburgo.

BRASILEIROS EM KHARKIV
Três jogadores brasileiros de futebol, que atuam no Metalist 1925, gravaram um vídeo pedindo ajuda para deixar a Ucrânia. A equipe atua em Kharkiv, que fica a 455 quilômetros da capital Kiev, local que foi atacado pelos russos.
Fabinho, Derek e Maryson, se juntam a jogadores de Dinamo Kiev e Shakthar Donetsk, equipes também ucranianas, que reforçam o pedido de ajuda para conseguirem ir embora. Os atletas de Dinamo e Shakthar se reuniram e se hospedaram em um hotel com suas respectivas famílias. O Campeonato Ucraniano foi interrompido nesta quarta-feira, 24, na 18ª rodada, e não tem previsão de retorno.

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