O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, nesta quarta-feira (4), o alerta laranja de perigo no Ceará e em outros 14 estados, além do Distrito Federal, o que representa a baixa umidade do ar, que não deverá passar dos 20%. A situação pode ocasionar risco de incêndios florestais e à saúde da população, pois resultará em um clima mais seco. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o limite ideal da umidade relativa do ar é em torno de 60%.
O Inmet orienta a população a beber mais líquido e evitar tanto atividades físicas quanto a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia. Outra recomendação é o uso mais frequente de hidratante de pele e a umidificação dos ambientes. A população também deverá utilizar roupas leves e consumir mais frutas e verduras.
Além de afetar o estado cearense, a mudança climática chegará também nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de partes de Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rondônia. No Distrito Federal, a umidade relativa do ar deve variar entre 12% e 20%. Já no Mato Grosso, a mínima prevista é de 8% e a máxima 20%.
CEARÁ
O Ceará vivencia, de setembro a dezembro, momento com temperaturas elevadas, baixa umidade e ventos mais fortes. O período é conhecido como B-R-O-Bró e se refere aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro. Além do “B-R-O bró”, o El Niño também é um fator que contribui para as altas temperaturas no Ceará. Também não há previsão de chuvas para este início de mês, o que favorece a condição de sol.
As condições de tempo seco requerem cuidados, já que podem causar impacto à saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os níveis de umidade relativa do ar nas seguintes proporções:
- Estado de observação: 40% a 31%;
- Estado de atenção: de 30% a 21%;
- Estado de alerta: de 20% a 12%.
O órgão recomenda que, principalmente neste período, se evitem a exposição ao sol e a realização de atividades físicas quando a umidade relativa do ar estiver abaixo de 30%. Neste caso, o Ministério da Saúde indica, ainda, o aumento da hidratação, ingerindo mais água, suco natural e/ou água de coco.