O Ceará e os empreendedores cearenses têm investido massivamente em turismo. A estratégia é positiva. Nosso Estado foi privilegiado pela Natureza: temos praia, serra e sertão, sem falar no patrimônio histórico e cultural, além de artistas incríveis que se destacam em várias áreas. Somos a terra do humor e do sol. Mas, para ter acesso a tudo isso, o visitante e os próprios cearenses precisam se deslocar com mais fluidez. Embora nossa infraestrutura viária tenha melhorado de forma geral, com novas estradas reduzindo distâncias e facilitando o tráfego, ainda há muitos problemas, que se agravam nesse período pós-quadra chuvosa.

Cruzar o mapa cearense até chegar ao extremo sul do Estado, mais precisamente à região do Cariri, é desafiador. As estradas estão em péssimas condições. Sobram buracos e falta sinalização. A viagem pela BR-116 está lenta e perigosa, com várias paradas em pontos que estão sendo reparados. A velha e conhecida operação tapa-buracos. O tempo de estrada que era em torno de 6 horas pode chegar a 10 horas. Quem opta por viajar de ônibus, evita os danos ao carro e a direção cansativa, mas precisa se programar para encontrar passagens no dia e horário desejados.

Com a redução dos voos para o Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, que fica em Juazeiro do Norte e atende toda a região, a demanda por ônibus aumentou. As passagens aéreas estão absurdamente caras, podendo ultrapassar R$ 1.500 apenas um trecho. Há parcerias entre as empresas, que vendem passagens em voos operados por outra companhia. Aeronaves pequenas, desconfortáveis e com horários inconstantes deixam os passageiros inseguros. Há uma necessidade urgente de melhorar acessos. Existe demanda de deslocamento, independente do período de alta estação.

O Cariri é uma região desenvolvida e em processo constante de crescimento, que atrai os mais diversos perfis de investidores e visitantes. É preciso assegurar o ir e vir.