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13 de outubro de 2024

Índice de confiança da construção no país atinge o maior nível desde 2013

Mais atual Índice de Confiança da Construção subiu 1,4 ponto em agosto e chegou a 98,2 pontos, consolidando-se como o maior nível alcançado pelo indicador desde dezembro de 2013
Foto: Natinho Rodrigues

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O mais atual Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,4 ponto em agosto e chegou a 98,2 pontos, consolidando-se como o maior nível alcançado pelo indicador desde dezembro de 2013, quando o índice estava em 98,3 pontos.

O relatório foi divulgado na última sexta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Especialistas ouvidos pelo OPINIÃO CE afirmam que a redução no preço dos combustíveis é uma das principais razões.

O economista e professor Wandemberg Almeida avalia que, para além do preço da gasolina, a retomada da economia, de forma ampla, foi favorecendo gradativamente a confiança no setor. “O setor de construção civil é um termômetro positivo. Se ele vai bem, a economia está avançando. Os indicadores vêm mostrando esses avanços e há muito ganho economicamente falando.”

Para o especialista, a inovação dentro do setor também fez com que a construção civil se mantesse aquecida nos últimos meses. É o que Almeida chama de imóveis compactos. “Nós temos agora um novo segmento de imóveis compactos, o que está também contribuindo para que a economia possa crescer. Percebe-se que há ganho para a economia de Fortaleza, do Ceará e do Brasil como um todo, quando as famílias procuram imóveis que caibam no orçamento.”

Segundo levantamento realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), a construção civil deve crescer acima do esperado e o mercado imobiliário pode faturar cerca de R$ 3 bilhões só na Capital. Para o também economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE) Davi Azin, a deflação na economia, principalmente em se tratando da redução no preço da gasolina, do etanol e da energia, reforçou o grau de confiança dos cidadãos e dos empresários.

“Esses fatores repercutem diretamente na confiança dos consumidores e no setor da construção civil, que é muito estratégico para a absorção de mão de obra e melhoria na criação de mais empregos para gerar renda.” A queda do dólar é outro fator fundamental que favorece o setor no que diz respeito à importação de insumos, acrescenta o economista.

CUSTOS PARA O SETOR
Os custos na construção civil subiram 1,48% no Ceará, no mês passado. O resultado é do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e representa desaceleração em relação a junho, mas, no ano, indicadores já subiram 9,52%.

De acordo com o levantamento, o custo da construção no Estado, por metro quadrado, foi de R$ 1.528,15 em julho, sendo R$ 959,34 relativos a materiais e R$ 568,81 à mão de obra.

Em junho, o custo havia alcançado R$ 1.505,84. Nacionalmente, esse custo foi estimado em R$ 1.652,27 em julho, sendo R$ 987,88 relativos a materiais e R$ 664,39 à mão de obra. Em junho deste ano, o custo nacional fechou em R$ 1628,25, segundo o instituto.

CONSUMIDOR MAIS CONFIANTE
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado também pela FGV, também cresceu, ficando com 4,1 pontos, na passagem de julho para agosto deste ano. Com essa que foi a terceira alta consecutiva, o indicador chegou a 83,6 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.

A alta foi puxada pela melhor percepção dos consumidores em relação ao futuro. Almeida acredita que esse aumento diz respeito à ampliação de crédito e facilidades que as instituições financeiras têm divulgado nos últimos meses.

“Os bancos têm feito diversas manobras e criado facilidades de crédito para que as famílias consigam financiar seus imóveis. No Ceará, por exemplo, temos um déficit habitacional muito grande e, tendo isso facilitado, tem gerado mais esperança para realizar o sonho da casa própria, por exemplo.”

O Índice de Expectativas avançou 6 pontos e atingiu 92,6 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA), que mede a confiança no presente, subiu 1,4 ponto e chegou a 71,7 pontos. Entre os quesitos que compõem o ICC, o melhor desempenho foi observado pelo ímpeto para a compra de bens duráveis, que subiu 11,3 pontos.

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