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4 de outubro de 2024

Impactos do Complexo do Pecém na economia do Ceará serão medidos por estudo do Ipece

As mais de 70 empresas vinculadas à associação estão comprometidas com os projetos de desenvolvimento, como o Hub de Hidrogênio Verde
Foto: Complexo do Pecém/Divulgação

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Os impactos atuais e futuros do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) na economia do Ceará serão medidos em estudo do Instituto de Planejamento e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Na quarta-feira, 26, foi assinado um acordo de cooperação entre Ipece e Complexo do Pecém, com a participação da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp), para a realização do trabalho, que deve ter sua versão preliminar publicada até dezembro deste ano.

O acordo foi assinado na 12ª Reunião do Projeto Sinergia, realizada na sede da Aecipp. Na ocasião, o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo, apresentou detalhes do Hub de Hidrogênio Verde e reforçou o compromisso do Complexo com o desenvolvimento sustentável de toda a região.

“Temos uma série de impactos, não só com relação à parte ambiental, mas também na economia, que precisam ser avaliados. Além do estudo que será realizado pelo Ipece, contaremos também com uma consultoria do Banco Mundial, que deve iniciar no segundo semestre deste ano, para que nós possamos avaliar todas as tecnologias que serão implantadas com o advento do hidrogênio verde e como isso interfere no desenvolvimento e na ocupação territorial do País. É preciso verificar se há impactos adversos e procurar amenizá-los”, pontua Hugo Figueirêdo.

Alfredo Oliveira, diretor geral do Ipece, afirma que o estudo dos impactos macroeconômicos do Cipp, mensurando empregos e externalidades econômicas é fundamental para a permanência e atração de novas empresas. “Em especial aquelas ligadas ao hidrogênio verde, que devem ajudar tanto o Estado quanto o País a entrar em um novo mercado de commodities verdes com forte potencial de exportação”.

Presidente da Aecipp, Eduardo Amaral agradeceu o apoio do Complexo do Pecém no desenvolvimento do ambiente de negócios da região e garantiu que as mais de 70 empresas vinculadas à associação estão comprometidas com os projetos de desenvolvimento, como o Hub de Hidrogênio Verde. “Nosso objetivo é o desenvolvimento econômico e social do Complexo do Pecém, assim como de sua cadeia de suprimentos. E queremos fazer isso de forma sustentável”, comenta.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Também presente na reunião de quarta-feira, o titular da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Carlos Alberto Mendes, falou sobre os processos de licenciamento realizados pelo órgão e sobre a agilidade alcançada nas análises nos últimos quatro anos. Ele reforçou que a Semace segue analisando o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Hub de Hidrogênio Verde do Complexo do Pecém, apresentado em audiência pública no último dia 5 de julho.

Segundo ele, é possível que esse processo já seja submetido para aprovação na próxima reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema). “Tão logo esse processo seja aprovado pelo Coema, a licença ambiental do Hub de Hidrogênio Verde será emitida. Temos outras grandes licenças, como da Fortescue, que estão sendo analisadas. A expectativa é de grandes investimentos aqui no Ceará”, finaliza.

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