
O Nordeste sempre teve destaque quando o assunto é sua culinária. Nos últimos anos, até a elite mais requintada e de pratos sofisticados à base de lagostas, camarões, e etc, tem procurado o sabor mais simples de nossas iguarias regionais.
Os mercados públicos tanto da Capital como dos nossos municípios cearenses lotam logo nos primeiros raios de sol com uma clientela sedenta de desejo por comidas simples e prazerosas.
Pois bem. No Mercado São Sebastião, em Fortaleza, além do café no bule, tem tapioca com cuscuz, panelada, buchada, baião de dois, assado de panela, caldo de mocotó, pão cheio com carne moída, moela cozida e coração de frango.
Figo acebolado e mão de vaca. Rabada, atolado de galinha, o gostozim, sem falar em arroz com fumo. Arroz com fumo e cuscuz misturado com carne moida de quarta, aquela que o magarefe tira da carne de segunda. Uma maravilha! Todos comem bem, pagam pouco, elogiam e retornam com mais fregueses.
A propaganda boca a boca desses locais simples do nosso cotidiano, onde nos leva também ao encontro do povo, de suas histórias e anedotas, virou ponto de encontro de muitos e as diversas classes sociais presentes, na prática não tem diferença na hora de servir.
Não esquecendo também da Panelada da Nila, no Mercado Central de Icó, uma das mais deliciosas do Vale do Salgado e Centro Sul. E indo à terra dos Pompeus, em Sobral, encontramos o famoso “torresmo” do Demerval que, registre-se, já faz parte da cultura popular de toda região norte do Ceará.