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15 de outubro de 2024

Em primeira agenda como candidato no Ceará, Ciro fala em “ambição” e “traição”

O ex-governador participa de inauguração do comitê de campanha do PDT na Avenida Sebastião de Abreu, no bairro Cocó, em Fortaleza, a partir das 17h deste domingo
Foto: Reprodução/Instagram

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O candidato ao Palácio do Planalto pelo PDT, ex-ministro Ciro Gomes, cumpre neste domingo, 21, sua primeira agenda como candidato na cidade de Fortaleza. O ex-governador do Ceará participa de inauguração do comitê de campanha do PDT na Avenida Sebastião de Abreu, no bairro Cocó, a partir das 17h. Também estarão presentes os candidatos a governador e vice, Roberto Cláudio (PDT) e Domingos Filho (PSD), e candidata ao Senado Federal, Érika Amorim (PSD).

Pela manhã, o candidato também participou de café da manhã no Mercado Central, em Fortaleza. “Eu ando pelo mundo tentando levantar o Brasil. Nós não aguentamos mais tanta miséria, tanta pobreza, tanta crise política, tanta corrupção ao longo dos últimos 20 anos. Mas se eu ando pelo mundo, meu coração bate aqui, no Ceará. Eu já tô aí com muitos anos de luta, mas a minha tarefa não é desertar do Ceará e nem deixar que a ambição e a traição sejam os valores que vamos ensinar a nossa jovem juventude“, frisou o candidato.

“Por isso estou com o mais preparado, sério, capaz de dizer aquilo que de importante deve ser preservado, mas de dar um passo adiante. O Ceará não pode se cristalizar. Temos o Porto do Pecém que está enriquecendo muito um pedaço, mas ao interior é de gente muito abandonado e sofrida. Temos um povo trabalhador, competente, mas que vive hoje um terror nas periferias da cidade do Brasil e de Fortaleza que exige um governador de pulso forte, que é o Roberto Cláudio.”

Ciro está, atualmente, na terceira posição nas principais pesquisas de intenções de voto do País, atrás do ex-presidente Lula (PT), que lidera, e do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Na disputa, o candidato pedetista aposta no tempo de rádio e televisão para angariar mais votos e conseguir chegar ao segundo turno. Ciro também preparou uma campanha forte nas redes sociais, onde tem mais de 1,3 milhão de seguidores só no Instagram; 1,4 milhão no Twitter e 979 mil no Facebook.

Além disso, Ciro tem desafios no próprio Ceará. Segundo pesquisa Ipespe divulgada em 5 de agosto, por exemplo, o candidato aparece, assim como em nível nacional, em terceiro colocado, com 11% das intenções de voto. Lula tem 55% e Bolsonaro, 20%. Seu principal palanque no Estado é do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT). Após racha com o principal aliado, PT, o ex-gestor tem tentado construir um palanque forte principalmente nos municípios do interior do Estado, ao lado de Domingos Filho, importante liderança no Sertão Central.

Historicamente, Ciro tem vantagem no Ceará

Em eleições anteriores, Ciro obteve a preferência do eleitor cearense. Em 2018, quando Bolsonaro foi eleito, o pedetista tirou 40,95% dos votos no primeiro turno. Haddad ficou com 33,12% e Bolsonaro, 21,74%. Quando foi candidato à Presidência pela primeira vez, em 1998, o pedetista também foi o mais votado no Ceará, com 27,55% dos votos contra 26,43% de Lula. Em 2002, a situação se repetiu. Ciro atingiu 44,53% da preferência do eleitorado local, enquanto o ex-presidente Lula teve 39,39% dos votos.

Neste ano, havia a expectativa de PDT e PT dividerem palanque para Ciro e Lula, respectivamente, assim como aconteceu nas eleições de 2018. Camilo Santana, candidato ao Senado Federal, saiu com boa avaliação do governo e lidera a preferência do eleitorado. Com o rompimento da aliança que já durava 16 anos, após escolhida do PDT por Roberto Cláudio em detrimento da governadora Izolda Cela (sem partido), as duas siglas seguiram caminhos distintos também em nível estadual.

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