Em entrevista ao podcast Questão de Opinião, o ex-deputado federal e secretário geral do Partido dos Trabalhadores (PT), Henrique Fontana, criticou os atuais modelos de trabalho, além de reconhecer que o partido precisa se renovar e buscar dialogar com trabalhadores do mercado atual. Na última terça-feira (6), o político gaúcho esteve em Fortaleza para participar do evento “Os Desafios do PT e o Papel da Resistência Socialista”. No Ceará, a corrente política é liderada pela deputada estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), Guilherme Sampaio (PT),
“Eu digo que um dos desafios do PT é saber se renovar permanentemente. Não pode deitar em berço esplêndido. Por exemplo, o partido hoje precisa conhecer melhor esse mundo do trabalho, que faz parte do nosso tempo: o trabalhador por conta própria, que hoje é a maior categoria profissional do Brasil”, disse o secretário-geral do PT.
A alegação da liderança petista reflete a preocupação com a ausência de direitos trabalhistas dos trabalhadores de plataformas, como a falta de salário mínimo, seguro-acidente, jornada regulamentada ou acesso à Previdência. Por isso, Fontana visa uma aproximação com essa categoria profissional. “Não podemos ser um partido que fale só com o trabalhador de carteira assinada ou o trabalhador público. Temos que saber falar com esse trabalhador que faz parte do nosso mundo atual”, afirmou Henrique Fontana.
O secretário-geral do PT ainda criticou as desigualdades sociais impostas pelo capitalismo, que favorece uma minoria que lucra com especulação, enquanto a base da pirâmide social — que inclui motoristas de aplicativo, entregadores e autônomos — enfrenta as consequências mais duras da desigualdade.
“O programa da esquerda é baseado na ideia do humanismo, da busca de maior igualdade para aqueles que estão na base da pirâmide, sofrendo as consequências mais duras da exploração de uma sociedade extremamente desigual”, declarou Fontana.
Confira a entrevista completa no canal do YouTube do Opinião CE:
