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17 de fevereiro de 2025

Haddad afirma que queda do dólar e safra devem conter preço dos alimentos

Ele lembrou que o Governo Federal e o Congresso Nacional promovem um esforço de contenção de R$ 30 bilhões no orçamento, para reduzir pressões fiscais sobre a política monetária
Com a perspectiva de boa safra em 2025, a tendência é de queda no preço dos alimentos. Foto: Natinho Rodrigues/ Arquivo Opinião CE

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta terça-feira (4) que a pressão sobre os preços dos alimentos deve diminuir nos próximos meses com a queda do dólar e a safra recorde em 2025.

O dólar estava a R$ 6,10, [hoje] está a R$ 5,80. Isso já ajuda muito. Estou muito confiante de que a safra deste ano, por todos os relatos que eu tenho tido do pessoal do agro, vai ser uma safra muito forte. Isso também vai ajudar”, afirmou o ministro, ao ser questionado sobre a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que apontou um cenário adverso para a inflação dos alimentos no médio prazo.

A ata do Copom destacou que os preços dos alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano passado e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi.

Fernando Haddad observou que variáveis econômicas como o câmbio e a inflação se acomodam em outro patamar. “Isso, certamente, vai favorecer”, salientou. Ele lembrou que o Governo Federal e o Congresso Nacional promovem um esforço de contenção de R$ 30 bilhões no orçamento, para reduzir pressões fiscais sobre a política monetária.

O Copom estima que a inflação de 12 meses deverá se manter acima da meta do Banco Central até junho, o que configuraria descumprimento da meta, conforme o novo modelo de metas contínuas. Para Fernando Haddad, esse novo modelo, que prevê uma busca contínua por se manter na faixa de tolerância, permite uma melhor acomodação da política monetária pelo BC.

O regime de meta de inflação atual determina que o índice deve ficar em 3% no acumulado em 12 meses, com bandas de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou para baixo. Se ficar acima do limite da banda por mais de seis meses seguidos, fica caracterizado o descumprimento da meta.

Com informações da Agência Brasil.

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