A política armamentista do presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu o que parecia pretender: tornou a posse de revólveres, pistolas, fuzis e carabinas, entre outros modelos que causam mortes, uma epidemia incontrolável. Uma doença sem vacina, pode-se dizer. Em resposta à Controladoria Geral da União, a corporação militar – que, segundo a fala de Bolsonaro, tem “inteligência” para fiscalizar as urnas e as eleições – reconheceu que não sabe quantas armas existem em cada cidade do País sob a responsabilidade de colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (os chamados CACs).
Essa (mais essa!) ignorância torna dramática a situação do cidadão, considerando a vulnerabilidade a que está submetido, a violência disseminada por atos e palavras de governantes. A questão já não é saber se há armas apontadas para a sua cabeça, mas prever quem vai disparar.
Enfim
Como as Forças Armadas vão fiscalizar as eleições, como quer Bolsonaro, se nem cumprir o básico conseguem?
Não vai não, ele não vai não!
Deve ser pendurado na conta da carochinha projeto do vereador Emanuel Acrízio que indica à Prefeitura de Fortaleza isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) “a profissionais liberais e autônomos recém-formados”. A proposta mão-aberta, além de desprezar o rigor fiscal que a lei impõe aos gestores públicos, é vaga e sem fundamentos técnicos que valham o nome.
Linha de chegada
Termina segunda-feira (26.9) o prazo do Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle), do TSE, de protocolo de sondagens de intenção de votos realizadas em data anterior ao dia das eleições e planejadas para serem divulgadas em 2 de outubro. Mas só para as que serão tornadas públicas.
Dando um grau
O deputado Nelinho (MDB), mesmo aparentando não saber muito bem do que se trata, pôs para tramitar na Assembleia Legislativa projeto que pretende tornar o esporte denominado de “Wheeling” como “prática esportiva em todo o território do estado”. A modalidade tem levado muitos ciclistas e motociclistas ao IJF.
Do chão não passa…
“Wheeling” é também chamado de “Grau”. Consiste em empinar a roda dianteira da bicicleta ou da moto e dirigir assim por alguns metros, fazendo manobras com alguma velocidade. Quem consegue não cair já estará fazendo muita coisa. É nisso onde Nelinho quer colocar dinheiro do contribuinte.
…Mas o céu pode ser o limite
Para quem não entendeu direito, a Coluna tem uma definição simples: “Wheeling” é uma roleta russa sobre rodas.
Faces
Esta Coluna é publicada também no portal InvestNordeste (www.portalinvestne.com.br). Os textos estão no site https://bit.ly/3q4AETZ. O jornalista ainda participa do podcast Papo de Cabeça, no YouTube (https://bit.ly/3cP1JHu) e na plataforma Spotify. O Papo de Cabeça, produzido em parceria com o jornalista Maurição Lima, aborda notícias, entrevistas e análises políticas.