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15 de outubro de 2024

Grande Fortaleza tem 1,51 milhão de pessoas vivendo na pobreza e extrema pobreza

Cerca de 263,04 mil pessoas passaram a viver em situação de pobreza e extrema pobreza após a pandemia
Foto: Agência Brasil

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O 9º Boletim Desigualdade nas Metrópoles mostra que a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) soma 1,51 milhão de pessoas vivendo em situação de pobreza e extrema pobreza – ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 465. Destes, 1,27 milhão de pessoas vivem em situação de pobreza, cerca de 31,8% da população. Em relação ao ano anterior ao levantamento [2020], houve um acréscimo de 248,32 mil pessoas vivendo nesta situação, o que representa um aumento de 24,08%.

Os dados mostram o pior cenário desde 2012, quando a pesquisa foi iniciada. Além disso, em situação mais dramática, de extrema pobreza, a Grande Fortaleza registra um número 232,23 mil pessoas que vivem com renda domiciliar per capita menor que R$ 160. São cerca de 14,72 mil habitantes a mais vivendo em extrema pobreza, um aumento percentual de 6,76% em relação ao ano anterior.

O levantamento é produzido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Observatório das Metrópoles e Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedOdsal). A base para o estudo é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD Contínua) versão anual, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Brasil

Nas Regiões Metropolitanas de todo o País, a taxa de pobreza subiu de 16%, em 2014, para 23,7%, no último ano. Em termos absolutos, isso significa que houve um aumento de 12,5 milhões de pessoas pobres para 19,8 milhões. Em relação à extrema pobreza, a taxa evoluiu de 2,7% para 6,3% no período pesquisado, o que representou aumento de 2,1 milhões para 5,2 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza nas grandes cidades brasileiras.

Conforme o balanço, as regiões metropolitanas concentram quase 40% da população brasileira, o que representa mais de 80 milhões de pessoas. As regiões são consideradas estratégicas do ponto de vista econômico, político e social. Em relação às desigualdades e à pobreza, em especial, o cenário que se vê nos últimos anos, principalmente por conta da pandemia de covid-19, é de grave crise social. As informações são da Agência Brasil.

Em 2014, os 40% mais pobres das regiões metropolitanas brasileiras tinham renda média de R$ 515. Cinco anos depois, em 2019, essa cifra caiu para R$ 470. Em 2021, já no contexto da pandemia, a renda média havia chegado a R$ 396.

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