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20 de abril de 2025

Governo Federal vai criar Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, diz ministro

Conforme o ministro, a ideia é que o plano seja uma ferramenta de prevenção e pesquisa. Ele destacou ainda que há no Brasil inteiro, 4 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco
Foto: Divulgação/Prefeitura de Milhã

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O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, informou que o Governo Federal está articulando a criação de um Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. A informação foi divulgada durante sessão solene em homenagem aos trabalhadores da Defesa Civil, na terça-feira, 16, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Conforme o ministro, a ideia é que o plano seja uma ferramenta de prevenção e pesquisa.

“Política bem definida, com um plano bem definido; nós temos as condições criadas para fortalecer bem o sistema”. Ele acrescentou também que há 4 milhões de pessoas, em 14 mil pontos diferentes do Brasil, vivendo em áreas de alto ou altíssimo risco.

O deputado federal capixaba e coordenador da Frente Parlamentar de Gestão de Riscos e Desastres e Cooperação, Gilson Daniel (Podemos), alertou para o fato de enchentes, deslizamentos e incêndios florestais teriam menos impacto se existisse uma cultura de prevenção no Brasil. “Não podemos seguir no mesmo caminho que nos trouxe até aqui, já perdemos muito. E continuaremos lamentando e contando perdas até que tenhamos por parte dos governantes, das empresas e de toda sociedade um envolvimento genuíno e responsável no enfrentamento dessa questão”.

CEARÁ

Conforme o último boletim sobre a situação dos municípios cearenses em estado de emergência e calamidade pública, divulgado em abril pelo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, foram registrados 644 casos de desabrigados, 2.350 casos de desalojados, 29 casos de feridos e 7 mortes neste ano devido às chuvas. À época da divulgação, o número de pessoas afetadas pelas chuvas no Estado estava em 84.035. Cerca de 20 municípios cearenses precisaram decretar, em nível estadual, situação de calamidade ou emergência (no caso de Milhã).

Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o início da segunda quinzena do mês de maio, que marca o fim da quadra chuvosa no Ceará (fevereiro a maio), deve apresentar condições para chuvas isoladas, passageiras e não muito expressivas. Até esta terça-feira, 16, choveu uma média de 34.2 mm, sendo o normal para o período 90.6 mm – um desvio negativo de -62.3%. Os dados são parciais e ainda deverão ser atualizados pelo órgão.

Os maiores acumulados para esta semana, segundo a Funceme, tendem a se concentrar nos extremos, nas áreas da faixa litorânea (madrugada e manhã) e do Cariri (noite e madrugada) e partes do sul do Sertão Central e Inhamuns (noite e madrugada). O órgão ainda frisa que essas chuvas previstas para os últimos dias da quadra chuvosa no Estado estão associadas a áreas de instabilidades oriundas do oceano Atlântico e do leste do Nordeste do Brasil, além do sistema de brisa e dos efeitos locais (temperatura, umidade e relevo).

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