O Governo do Ceará firmou nesta quarta-feira (7) parceria com o Instituto Pacto Contra a Fome, tendo em vista a formulação e a implementação de ações voltadas à superação da fome. A assinatura do acordo de cooperação técnica aconteceu no Palácio da Abolição, contando com a presença da primeira-dama do Estado e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome, Lia de Freitas, e da cofundadora e presidente do Conselho do Pacto Contra a Fome, Geyze Diniz.
Segundo Lia, a solenidade marcou “um dia muito importante para o programa Ceará Sem Fome e para todo o Estado do Ceará”. Conforme ela, desde junho de 2023 – mês de início da iniciativa -, integrantes de segmentos da sociedade como empresários, movimentos sociais, igrejas, tribunais e Governos Executivos Federais e Municipais têm se unido “em prol dessas pessoas que mais necessitam”.
“Esse movimento que vem de todo o Brasil, gerenciado pela Geyze, vem trazer para cá um olhar, junto com as experiências de outros estados”, disse a primeira-dama..
A presidente do Comitê Intersetorial destacou ainda a meta de implementar ações que possam reverter o desperdício de excedentes alimentares. Na ocasião, Lia citou o programa “Mais Nutrição”, vinculado à Secretaria de Proteção Social (SPS) e que trabalha com o repasse de alimentos para indústrias, onde é trabalhado o aproveitamento do alimento, produzindo sopas nutritivas para as pessoas beneficiárias. Ela também informa que está sendo firmada uma parceria com a rede de bares, restaurantes e supermercados, para elaborar ações que possam sanar o desperdício de alimentos no Estado.
Caracterizado como multissetorial e suprapartidário, o Pacto Contra a Fome busca contribuir para o fim da fome e com a redução do desperdício de alimentos no Brasil, atraindo outros atores da sociedade no combate à fome.
“Um dos objetivos do Pacto é fazer a sinergia entre todos os atores da sociedade civil. O que a gente acredita é que o problema da fome é tão grande e tão complexo que soluções sistêmicas são necessárias para isso. Então, são vários atores. É claro que o Governo tem um papel preponderante na atuação para ajudar no combate à fome de um jeito sustentável e permanente. Por que a gente precisa de vez acabar com a fome no Brasil, pois não dá pra chegar em 2024 e a gente ver fome nesse país que produz, que exporta, que têm fome e que ainda por cima, joga comida no lixo”, enfatizou a presidente do Conselho do Pacto Contra a Fome, Geyze Diniz.
CEARÁ SEM FOME
O Ceará Sem Fome, política que completou um ano no último mês de junho, conta com mais de mil cozinhas comunitárias espalhadas no Ceará, as Unidades Sociais Produtoras de Refeições (USPR). Elas possuem distribuição diária de mais de 100 mil refeições. Mais de 17 milhões de refeições já foram distribuídas desde o início do programa. Outra ação vinculada ao programa é o cartão Ceará Sem Fome, que disponibiliza R$ 300 mensais para mais de 53 mil famílias. Desde o início do ano, já foram mais de R$ 80 milhões girando na economia dos municípios cearenses em mais de três mil estabelecimentos, entre eles cooperativas da agricultura familiar.
O eixo estruturante do programa, lançado no último dia 12 de junho, traz ainda um conjunto de ações com o objetivo de capacitar os beneficiários, para ajudá-los a entrarem no mercado de trabalho e de apoiar o empreendedorismo, visando a autonomia financeira e a superação da situação de insegurança alimentar e nutricional das famílias que são o público-alvo do programa. O investimento é de R$ 56 milhões. Desde a sanção da Lei que instituiu a ação de combate à fome, o governador Elmano de Freitas (PT) tem destacado que o seu principal objetivo com a política é levar as pessoas agraciadas com o programa para o mercado de trabalho.