O Governo do Ceará decidiu processar judicialmente o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) por acusações feitas durante encontro do PSDB em Fortaleza, na última semana. A informação foi divulgada na tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará nesta terça-feira (7) pelo líder do Governo na Casa, Romeu Aldigueri (PDT). “O Governo do Estado do Ceará, fazendo o que os partidos políticos de oposição não fizeram, diante das infundadas e mentirosas acusações de Ciro Ferreira Gomes, entrou com uma interpelação judicial contra o mesmo. A ação foi protocolada na 14ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza, no dia 1º de novembro”, leu.
“Agora, Ciro terá que provar na Justiça as suas levianas acusações contra diversos órgãos do Estado. Parabenizo o Governo do Estado, que é o mais transparente do País”.
O ex-ministro tem três dias para responder sobre as acusações feitas.
O OPINIÃO CE teve acesso a um print do documento.

O clima em torno de Ciro vem pesando desde o último dia 30 de outubro, durante convenção do PSDB. “No Estado do Ceará, não se faz uma obra sem pagamento de propina”, acusou Ciro Gomes, na oportunidade, e a fala vem repercutindo desde então. O deputado estadual Sargento Reginauro (UB) quer que o pedetista seja convidado a falar sobre a denúncia na Alece, com apoiadores no PL e na ala oposicionista do PDT. “Uma figura de peso foi a público e disse que o Governo do Estado está corrompido”. O senador Eduardo Girão (Novo), que também faz oposição ao Governo, acionou a PGR e o MPF para investigar as acusações.
Lideranças petistas, por sua vez, defendem que seja tomada uma medida judicial por parte da Procuradoria Geral do Estado (PGE). O Estado decidiu processar o ex-ministro pelas acusações.
Em sessão nesta terça-feira (7), o deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) defendeu o correligionário Ciro Gomes. Segundo ele, a disputa interna que vem movimentando o PDT resultou em uma “perseguição” ao ex-governador. “Existe todo um esforço em trazer para esta Casa, colocações contra Ciro Gomes na intenção de macular sua imagem, inclusive, chamando-o de traidor. Se ele tem processos, cabe à Justiça provar quem tem razão. Mas buscar desqualificar alguém com tamanho histórico é fazer uma política baixa”, repudiou.