O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou nesta terça-feira (11) a anulação do leilão do Governo Federal para compra de arroz importado. Um novo procedimento, “mais ajustado”, será realizado. A medida foi tomada após suspeitas de irregularidades no processo para compra de 263 mil toneladas de arroz, realizado na última quinta-feira (6). Em maio, a União adiantou que o Ceará será um dos primeiros estados a receber o arroz importado. As informações são do g1.
“Pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter garantia que vamos contratar empresa com capacidade técnica e financeira […]. A decisão é anular este leilão e proceder um novo mais ajustado”, declarou Pretto no Palácio do Planalto.
No leilão, o preço médio atingido foi de R$ 24,98 a R$ 25 pelo saco de 5 kg. De acordo com o Governo Federal, o quilo chegará ao consumidor brasileiro por, no máximo, R$ 4. A União decidiu importar arroz poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul, que é responsável por 70% da produção nacional do grão, mas já havia colhido 80% do cereal antes das inundações. No dia 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o Governo decidiu comprar arroz para evitar alta de preços diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do País.
SUSPEITA
Após polêmica envolvendo o leilão, o ministro da Agricultura anunciou a saída de Neri Geller do cargo de secretário de Política Agrícola. Segundo o ministro, Neri Geller colocou o cargo à disposição e foi demitido. “Hoje [terça-feira], pela manhã, o secretário Neri Geller me comunicou, fez ponderação, quando filho dele estabeleceu sociedade com esta corretora do Mato Grosso, ele não era secretário de político agrícola. Não há fato que desabone ou que gere qualquer tipo de suspeita, mas que de fato gerou, e por isso colocou cargo à disposição”, afirmou Fávaro. Geller foi um dos nomes ligados ao agronegócio que apoiou Lula na eleição de 2022.