O Governo Federal destinou um crédito suplementar de R$ 138 milhões para a continuidade da Operação Carro-Pipa no Ceará. A medida foi publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira (13). Na última semana, informações entre os pipeiros cearenses geraram o temor de paralisação do serviço, impactando diretamente no fornecimento de água de 105 mil pessoas em 20 municípios. Os pipeiros foram surpreendidos com a planilha de pagamento da entrega de água potável prevista esta segunda (16). O receio, conforme o Comando Militar do Nordeste (CMN), se dava pela então falta de repasses pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

Atualmente, a Operação está presente em 24 municípios do Ceará, mas em três deles o serviço está em fase de implementação – Aiuaba, Jaguaribara e Milhã. Em Tauá, o trabalho foi suspenso pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). Os 20 restantes totalizam uma população atendida de 105.766 pessoas, que recebem o apoio de 232 carros-pipa.

As cidades contempladas pela Operação no Ceará são:

Conforme o Comando Militar do Nordeste, apenas 44% das verbas necessárias para garantir o abastecimento em outubro foram pagas.

TAUÁ

Em Tauá, que está com serviço temporariamente suspenso, deve ter a Operação retomada “o mais rápido possível”, conforme o deputado federal Domingos Neto (PSD), que solicitou o retorno. “Fico muito feliz de que o nosso mandato possa estar ajudando mais uma vez a nossa região. A minha gratidão a atenção com o povo tauaense, com o povo da região dos Inhamuns; minha gratidão ao ministro Waldez Góes [do Desenvolvimento Regional] pelo pronto atendimento. Que a gente possa cobrar, agora, o Exército para que isso [o serviço] volte o mais rápido possível”, celebrou o parlamentar.

Antes da interrupção, em 2 de junho deste ano, 55 carros-pipas beneficiavam em torno de 15 mil pessoas do Município com água do manancial Poço do Gilson Pio IX-PI. Somando a zona rural do Município e a sede distrital, cerca de 25.655 pessoas foram afetadas pela suspensão do serviço. “A interrupção tem causado grandes transtornos a uma parcela significativa da população, principalmente na zona rural e que, neste momento, está desassistida por completo em virtude da longa estiagem que assola a região”, pontuou Domingos Neto na solicitação de retorno ao Ministério.

A volta do abastecimento foi assinada pelo secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), Wolney Wolff. De acordo com o Ofício n° 199/23, a escolha do manancial a ser utilizado fica a critério do Exército Brasileiro – responsável pela execução do serviço. Observando as normas de qualidade de água, foram considerados aptos para atendimento mananciais de Parambu e Aiuaba, como o Poço Mogno. A distribuição de água foi suspensa pelo Exército Brasileiro por conta de supostos indícios de fraudes, segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR). Com início no dia 2 de junho, a suspensão previa duração de 30 dias, no entanto, foi prorrogada por mais um mês.