O senador Eduardo Girão (Podemos) diz entender que pessoas com pouco acesso a informação possam preferir votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Contudo, o congressista cearense se disse “constrangido” com pessoas com esses acessos que declaram apoio ao petista. A declaração do parlamentar ocorreu nesta segunda-feira, 19.
Sem mencionar Lula, Girão apontou que esse pleito é “um divisor de águas”.
“Essa eleição eu considero uma eleição de divisor de águas. O futuro dos nossos filhos e netos está para se deliberar agora. Porque, um passado um passado que a gente já conhece, tenebroso, nefasto, que, eu até entendo que pessoas que não recebem informação, não têm acesso a informação, votem no ex-presidente condenado em três instâncias. Eu até entendo isso. É um processo das pessoas irem acordando para a política. Mas, pessoas esclarecidas, como a gente vê, declarando voto é algo que me deixa muito constrangido”, disse o senador em entrevista a Jovem Pan.
Girão criticou o PT por ter “arrasado” não só a economia, mas por ter prejudicado princípios e valores.
“Porque, o que o PT fez com esse País foi de… Arrasou. E não só na economia. Ele devastou princípios e valores. Tentando destruir a família, a vida, a liberdade. E isso me preocupa muito no momento”, afirmou.
O parlamentar também defendeu os movimentos do último 7 de Setembro, feriado da Independência. De acordo com Girão, as manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) não eram só pelo governo, mas “um grito de liberdade” contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu acho que transcendeu um apoio ao governo em si. Ali eu acho que foi um apoio a liberdade. Foi um grito de liberdade, 200 anos depois, do brasileiro que está sufocado com um Supremo Tribunal Federal (STF), que eu quero ressaltar: é fundamental para a democracia, é um pilar da nossa democracia; mas, a atuação de alguns ministros, tem sido tão abusiva que até pessoas que eu encontro no mercado, de esquerda, de direita, de centro, estão percebendo”, argumentou o senador.
Em agosto, Girão disse ao Opinião Ce que descartava voto em Ciro Gomes (PDT) e Lula (PT) para o primeiro turno, mas que ainda estava avaliando outras candidaturas.