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15 de outubro de 2024

Girão descarta voto em Lula ou Ciro, mas diz avaliar outros presidenciáveis

Aliado de Capitão Wagner, congressista diz que candidato ao governo tem perfil parecido com o dele, o de independência
Senador Eduardo Girão (Podemos) participou, nesta segunda-feira (22) de inauguração do comitê do candidato a deputado federal Soldado Noélio (União Brasil). Foto: Rose Serafim

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O senador Eduardo Girão (Podemos) já descartou o apoio e voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e em Ciro Gomes (PDT) para a presidência da República. Lula, ele associa aos escândalos de corrupção associados ao PT, e Ciro, o congressista faz oposição no Ceará, ao lado de Capitão Wagner (União Brasil).

Contudo, ele diz ainda não ter escolhido um nome na disputa nacional para apoiar.

 “Estou avaliando porque eu não não sou de ficar em cima do muro. Estou avaliando a postura dos candidatos nos debates, nas sabatinas, vendo o que que eles pensam sobre proposta e vou fazer um balanço”, explica.

 

“É óbvio que já descarto aí votar em Lula, em Ciro. Mas, os outros candidatos estou avaliando com muito carinho a possibilidade de no primeiro turno declarar meu voto”, acrescenta.

O parlamentar falou ao Opinião CE nesta segunda-feira, 22, quando participou da inauguração do comitê do candidato a deputado federal Soldado Noélio (União Brasil).

Aliado de primeira linha de Wagner, que é candidato ao governo estadual, Girão explica que terá participações pontuais na atual campanha, pois a prioridade dele é atender a agenda no Senado Federal.

Sobre a escolha atual de Wagner de não se posicionar a favor de nenhuma candidatura presidencial, Girão argumenta que o aliado é parecido com ele: independente.

“A minha postura é de apontar erros e acertos no Governo Federal, tem os dois. O que a gente precisa é balancear com o Governo anterior, que é do Petrolão, do Mensalão, que é de um ex-presidente da república que foi condenado em três instâncias, sessenta delações premiadas citado, né? E dezenas de juízes que fizeram a condenação deles. E por um malabarismo do STF (Supremo Tribunal Federal) que todo mundo está vendo, [a corte] se transformando num grande partido de oposição no Brasil. Então, a gente precisa ser justo e o Capitão [Wagner] ele é independente, como eu, então, a nossa aliança é com as pessoas”, complementou.

Rompimento com Sérgio Moro

Em 2021, o ex-ministro Sérgio Moro estava filiado ao Podemos e era o favorito da sigla para disputar a Presidência. Contudo, após investimentos do partido e do próprio Eduardo Girão, Moro saiu da agremiação e foi para o União Brasil, pelo qual disputa uma vaga no Senado pelo estado do Paraná.

O congressista diz que Moro tem um “grande legado” e que o próprio Girão é grato pela Operação Lava Jato, que considera um “símbolo do enfrentamento à corrupção”. Contudo, os “caminhos” dos dois não são mais os mesmos.

“Ele tomou outros caminhos. Estava no Podemos, nós recebemos ele no Ceará, rodamos aqui no Estado, mas ele tomou os caminhos que a gente tem que respeitar. E a luta dele agora é lá no estado do Paraná hoje. Eu espero que ele que ele possa alcançar os ideais dele, mas hoje a gente não tem mais relação partidária, mas como cidadão brasileiro eu admiro muito e torço pelo sucesso dele”, disse.

 

“O contato é institucional, digamos assim, de admiração”, aponta, mas acrescenta que os dois não têm se falado porque “os partidos e os rumos” são outros.

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