O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, esclareceu, em nota divulgada pela entidade, que não foi “expulso” de evento ocorrido em julho deste ano, em Madri, na Espanha. “O Presidente da Funai, vítima de agressões infundadas, retirou-se do local, por sua própria iniciativa, para evitar os devaneios, as ofensas praticadas por ex-servidor da Funai e quiçá quaisquer ataques à integridade física, uma vez que o manifestante encontrava-se em nítida situação de instabilidade”, diz a Fundação Nacional, em nota.
A XVI Assembleia Geral Extraordinária do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (Filac) ocorreu em 21 de julho deste ano. Em matéria publicada pelo OPINIÃO CE, na data [Presidente da Funai é expulso de evento na Espanha sob protestos], consta que o presidente teria sido “expulso” do local, informação rebatida pelo órgão federal.
Na ocasião, o ex-servidor da Funai, Ricardo Rao, criticou de forma incisiva Marcelo Xavier, que se retirou do local. “Este homem não é digno de estar entre vocês. Marcelo Xavier é um assassino. Este homem é um miliciano, é responsável pela morte de Bruno Pereira e de (Dom) Phillips”, disse o ex-servidor, na ocasião. Publicamos, abaixo, a íntegra da nota enviada pela Funai ao OPINIÃO CE, com relação ao ofício nº 1240 2022 PRES FUNAI, assinado por Marcelo Augusto Xavier da Silva.
Nota de repúdio
A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) vem a público manifestar repúdio aos ataques verbais proferidos contra o Presidente da Fundação, Marcelo Xavier, em 21/07/2022, em Madri, na Espanha, durante a XVI Assembleia Geral Extraordinária do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (Filac).
O Presidente da FUNAI, vítima de agressões infundadas, retirou-se do local, por sua própria iniciativa, para evitar os devaneios, as ofensas praticadas por ex-servidor da FUNAI e quiçá quaisquer ataques à integridade física, uma vez que o manifestante encontrava-se em nítida situação de instabilidade.
A FUNAI lamenta o ocorrido e destaca que tais atitudes são irresponsáveis, violentas e antidemocráticas, inviabilizando, assim, qualquer tipo de diálogo sadio e producente, que deve ser sempre pautado no respeito entre as partes. A Fundação entende que não se constroem políticas públicas na base de ofensas e argumentos destituídos de fundamento e provas. Tais atitudes não são compatíveis com o Estado Democrático de Direito.
A Fundação informa ainda que, sobre o caso, foram tomadas providências junto à Polícia Judiciária da Espanha. É importante ressaltar que, por motivos de segurança, o Presidente da FUNAI optou por sair voluntariamente do local do evento, dada a atitude hostil e agressiva do manifestante. Inclusive, os lamentáveis ataques serão objeto de ação judicial por crime contra a honra e ação de indenização por danos morais.
O manifestante que proferiu de forma agressiva os ataques verbais foi funcionário da FUNAI até o ano de 2020, tendo sido exonerado na ocasião por não ter cumprido as condições de estágio probatório. Por fim, a Fundação reforça que, enquanto instituição pública, calcada na supremacia do interesse público, não coaduna com nenhum tipo de conduta ofensiva, repudia qualquer forma de desrespeito e segue aberta ao diálogo com os diferentes setores da sociedade.