Fortaleza registrou, de janeiro a agosto deste ano, 95 mortes por acidentes de trânsito. É a primeira vez, em 21 anos, que esse número fica abaixo de 100. O resultado é fruto de um conjunto de políticas públicas de mobilidade implementadas nos últimos anos para uma maior segurança viária. Se comparado com as 255 mortes registradas no trânsito da Capital em 2001, quando teve início a série histórica, o número é inferior 62,5%. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a redução foi de 26,4%.
Os motociclistas lideram a quantidade de mortes, com 55% dos casos, seguindo por pedestres (37%), ciclistas (4%) e ocupantes de automóvel (4%). Pelas redes sociais, o prefeito José Sarto (PDT) comemrou os resultados. “O resultado é histórico e confirma a eficácia de nossas políticas públicas de mobilidade, que priorizam sempre uma maior segurança viária.“, disse.
“A análise dos dados norteia a tomada de decisões nas áreas de engenharia, fiscalização preventiva e educação para o trânsito. Assim, focamos as ações para os públicos que mais se envolvem em sinistros e, consequentemente, são os mais lesionados e perdem a vida”, destaca o superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Antônio Ferreira Silva.
Segundo a gestão muncipal, Fortaleza está no caminho para chegar ao oitavo ano seguido de redução de mortes no trânsito. Em 2021, a Capital registrou 184 mortes registradas nas vias da cidade ou uma taxa de mortalidade de 6,8 para cada 100 mil habitantes. O número é 51% menor em relação ao ano de 2014, que contabilizou 377.
Primeiro semestre
No primeiro semestre deste ano, os resultados já foram animadores. Entre janeiro e junho, a Capital teve um total de 68 mortes no trânsito, número que representa uma redução de 23% em relação ao mesmo período de 2021. O quantitativo, segundo o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), representa o melhor índice desde o início da série histórica, em 2001. Os dados são da Plataforma Vida, da AMC.
A Prefeitura atribui a diminuição de mortes no trânsito a medidas adotadas divididas em três eixos principais: engenharia de tráfego, educação e fiscalização preventiva. Segundo a gestão, foram determinadas 50 vias com velocidade readequada de 60 km/h para 50 km/h. A medida reduz a gravidade dos sinistros e garante a segurança de todos os usuários que compartilham o trânsito. A estimativa, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), é que a redução da velocidade em 10 km/h aumenta em dez vezes a possibilidade de uma pessoa atropelada sobreviver.