A Capital cearense já registrou mais de 6.300 mil casos de chikungunya somente nos primeiros seis primeiros meses de 2022, segundo boletim divulgado pela Prefeitura de Fortaleza. Conforme o documento, o número de casos confirmados de janeiro a junho deste ano (6.364), é maior que a soma dos registros entre 2018 a 2021, mas 45,3% menor que o total de casos confirmados no mesmo período de 2016, ano da primeira onda epidêmica da arbovirose.
A recomendação para quem possui sintomas leves é procurar o posto de saúde mais próximo da residência – atualmente são 116 unidades. Nos casos de sintomas graves, o ideal é buscar uma das 12 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, todas funcionando 24h por dia.
Para conter o avanço da doença, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza destaca ações de enfrentamento às arboviroses. Segundo a Prefeitura, desde março de 2022, quando foi anunciado, o Plano Municipal de Enfrentamento às Arboviroses, a Capital realiza ações planejadas, como o fortalecimento do trabalho educativo, com realização de mais de 40.000 ações/ano, incluindo a Operação Quintal Limpo, blitz, gincanas, peças teatrais, palestras e reuniões em associações.
Também foram reforçados os cursos e formações para agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, além da aplicação de larvicidas e do inseticida UBV em Aerosystem, composto por um sistema apropriado para aplicação de produtos químicos dentro das residências.
Boletim Epidemiológico
Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado pela SMS, até a 24ª semana epidemiológica de 2022 foram registradas 19.532 suspeitas de dengue em residentes de Fortaleza. Do total, 31,5% (6.152) foram confirmadas, 41,4% (8.091) descartadas, 1,6% (313) classificadas como inconclusivas – 25,5% (4.976) ainda estão sendo investigadas. Do percentual de confirmados 16,5% (1.016) foram por exame laboratorial e 83,5% (5.136) por critério clínico epidemiológico.
Foram 47 casos de Dengue com Sinais de Alarme (DSA) e 15 de Dengue Grave (DG), dos quais 14 evoluíram para óbito, sendo: 1 óbito no mês de abril, 7 em maio e 6 no mês de junho. Os óbitos estão sendo investigados pela equipe da vigilância epidemiológica da SMS Fortaleza e em seguida serão apresentados ao Comitê Estadual de Investigação dos óbitos por arboviroses para confirmação ou descarte.
Já em relação a chikungunya, o número registros no Sinan foi de 12.922 prováveis casos: 49,2% (6.364) confirmados, 23,5% (3.039) descartados e 27,2% (3.519) em investigação. Dos confirmados 29,3% (1.866) foram por critério laboratorial e 70,7% (4.448) por vínculo clínico-epidemiológico. A taxa de incidência acumulada é de 235,4 casos por 100 mil habitantes.
A Zika, por sua vez, no período de 2016 a 2020, somou 1.638 casos. Desses, 81,3% (1.332) em 2016, no ano de 2017 foram 16,6% (272), em 2018 reduziu para 0,8% (13), no ano de 2019 apenas 0,1% (2) e os confirmados de 2020 representam 1,2% (19) do total geral de casos. No ano de 2021 todas as suspeitas de zika notificadas no Sinan foram descartadas. Nas primeiras semanas de 2022 foram registradas apenas 127 notificações de Zika no sistema de informação: 76 já devidamente investigadas sendo 1 confirmada e 75 descartadas, 2 inconclusivas e 49 em investigação.