A Prefeitura de Fortaleza prepara-se para lançar, na próxima semana, o projeto de mini ecopontos na Capital, com lixeiras subterrâneas e ilhas ecológicas. A nova medida de gestão de resíduos sólidos começará a ser testada em cinco locais em setembro, no âmbito do programa Mais Fortaleza. A previsão é de que, após o período de avaliação que vai até o fim deste ano, os equipamentos sejam expandidos para demais bairros da Capital.
É o que explica o vice-presidente da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova), Victor Macêdo, órgão responsável pela implementação dos mini ecopontos. Estes serão distribuídos pela cidade em locais próximos a pontos de lixo. “Em Fortaleza, apesar de várias ações que foram feitas nos últimos anos, a questão dos resíduos sólidos ainda é um grande desafio. […] A ideia é capilarizar as estruturas para que o cidadão tenha a opção de descartar o lixo adequadamente.”
As lixeiras subterrâneas, como já acontece com as que existem na Cidade, receberão resíduos comuns, tirando-os da via, eliminando o odor que geram e evitando o contato do lixo com animais. As ilhas ecológicas serão somente para os materiais recicláveis ou resíduos secos. Esses espaços também receberão resíduos volumosos, como os que vêm de construção ou de podas.
Os novos equipamentos – diferente dos ecopontos tradicionais, instalados em terrenos maiores e murados – ocuparão espaços menores, equivalentes a uma ou duas vagas de estacionamento. Atualmente, a gestão municipal constrói cinco projetos-piloto no Centro, na Aldeota, na Varjota e no Mucuripe. De início, receberão os equipamentos o Campo do America, a Praça das Flores, a praça do Dragão do Mar, a praça Luiza Távora e a praça Nossa Senhora da Saúde.
SEGUNDA RODADA DE IMPLANTAÇÃO
A segunda rodada de implantação passará pela área mais a oeste da Capital, como os bairros Henrique Jorge e Jóquei Clube. Neste primeiro momento, explica Macêdo, o custo para a Prefeitura é “praticamente zero” já que conta com financiamento do Banco de Desenvolvimento da América Latina (conhecido pela sigla CAF). A Citinova ainda capta outros financiadores, que devem ser anunciados ainda na primeira semana de setembro.
“A ideia é buscar sempre patrocinadores e investimentos. Como essa é uma pauta de sustentabilidade, a gente tem muitos bancos de fomento, empresas filantrópicas, como a Bloomberg, que querem financiar esse projeto visando os índices de sustentabilidade da cidade”, afirma.
Além da ideia da sustentabilidade, o projeto busca contribuir com a geração de renda a catadores de materiais recicláveis. Os mini ecopontos serão integrados ao programo Reciclo, que substitui “carrinhos de geladeira” por triciclos elétricos para profissionais vinculados a associações de catadores.
“A gente vai fazer toda uma agenda de coleta porta a porta de resíduos recicláveis. Os cidadãos poderão agendar pelo Whatsapp um horário para o catador ir com o triciclo pegar aquele resíduo”, explica o gestor da Citinova. Cada quilo coletado poderá ser levado às novas ilhas ecológicas para que o profissional receba um valor pelo material.