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14 de janeiro de 2025

Fortaleza firma novo convênio para radioterapia e amplia oferta de tratamento contra o câncer

Com novo aporte financeiro de mais R$ 2,6 milhões, a capital cearense ultrapassa 7,5 mil tratamentos radioterápicos por ano
Foto: Divulgação/ Prefeitura de Fortaleza

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A Prefeitura de Fortaleza ampliou a oferta de radioterapia aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do novo convênio firmado com Hospital São Camilo. Com a habilitação da instituição, o Município garantiu 600 novos tratamentos radioterápicos por ano. Com os esforços já aplicados, a Rede Municipal de Saúde ultrapassa o número de 7,5 mil tratamentos radioterápicos anuais.

A partir dessa iniciativa, será garantido um acréscimo anual de R$ 2,6 milhões para o tratamento oncológico. Somando o novo aporte financeiro ao valor já aplicado pela Prefeitura no recurso terapêutico, o montante ultrapassa R$ 31,4 milhões por ano.

O objetivo é atender, em tempo hábil, todos os pacientes, incluindo os que vêm do Interior e buscam a capital cearense para iniciar o tratamento oncológico, como a radioterapia, uma das principais demandas dessa enfermidade.

“Um dos grandes desafios da saúde pública é a Oncologia. Avançamos bastante neste último ano, ampliando a oferta de exames e agora com o convênio do Hospital São Camilo. Vamos reduzir o tempo de espera para o início do tratamento, não somente dos pacientes de Fortaleza, mas também os do interior do Estado que buscam a Capital“, enfatiza Galeno Taumaturgo, secretário municipal da Saúde.

Além da ampliação dos procedimentos ofertados com o novo convênio firmado, a Prefeitura também expande o parque tecnológico disponibilizado para tratamento do câncer, chegando a 11 máquinas de radioterapia.

O superintendente corporativo do Hospital São Camilo, Antônio Mendes, reforça a importância desta parceria.

“A ampliação do serviço é de grande valia para essas pessoas que estão passando por um momento tão doloroso em suas vidas e precisam de tratamento, proporcionando mais qualidade de vida a elas e a suas famílias, trazendo esperança com o tratamento. Agradeço muito a equipe da Secretaria Municipal da Saúde por este convênio”, frisou Antônio Mendes.

TRATAMENTO AMPLIADO

Com o convênio, serão ofertados 7.530 tratamentos radioterápicos por ano na Capital, sendo 600 na nova unidade habilitada, 3.504 no Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio) e 3.426 no Instituto do Câncer do Ceará (ICC). O acréscimo das vagas fará com que Fortaleza garanta a oferta de aproximadamente 80% dos atendimentos de radioterapia para os cearenses, beneficiando, além dos pacientes de Fortaleza, os oriundos do interior do Estado.

FINANCIAMENTO

Nos primeiros sete meses de 2024, a Prefeitura custeou a realização de 2.576 sessões de radioterapia, 55.528 de quimioterapia e 2.429 cirurgias oncológicas. Em 2023, foram 5.693 de radioterapia, 115.160 de quimioterapia e 6.513 cirurgias oncológicas.

Financeiramente, Fortaleza tem a garantia de R$ 123,8 milhões anuais, advindos de valores antigos e de recente aporte do Ministério da Saúde (MS). Porém, a oncologia demanda R$ 134,9 milhões por ano. Desta forma, o Município arca com cerca de R$ 11 milhões, oriundos dos recursos para aplicação no SUS.

ESTIMATIVA

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de 6.550 novos casos de câncer ao longo de 2024 em Fortaleza, além dos casos de câncer de pele não-melanoma. Destes, cerca de 50% irão necessitar de radioterapia.

Assim, para suprir a necessidade dos pacientes de Fortaleza em 2024, seriam necessários 3.275 tratamentos radioterápicos em média por ano, sendo que a Prefeitura custeia 7.530.

No que se refere ao parque tecnológico, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um aparelho de radioterapia para cada 600 mil habitantes. Assim, seriam suficientes quatro máquinas para cobrir toda a população da Capital, de 2,4 milhões de habitantes. A Prefeitura dispõe de 11 em toda a rede.

Atualmente, dos nove estabelecimentos habilitados para tratamentos oncológicos no Ceará, sete estão localizados em Fortaleza e dois fora da Capital. Assim, da demanda atendida na Capital, entre 50% a 60% vêm do interior do Estado.

“Esta iniciativa muito nos alegrou, pois sabemos o quanto é difícil ter acesso a esse tratamento. A dedicação e compromisso da gestão com esses pacientes devem ser ressaltados. Cuidado este que vai além dos pacientes oncológicos de Fortaleza, mas de todo o Estado que busca tratamento na nossa capital”, afirma Franzé Cavalcante, secretário executivo do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Consems-CE).

ACESSO AO TRATAMENTO

Pacientes com alterações clínicas ou de imagem, indicativos de suspeita de câncer, devem procurar o posto de saúde mais próximo de casa. Eles serão avaliados e encaminhados à rede especializada em Oncologia por meio de consulta de triagem, onde será definido o diagnóstico e plano de tratamento para cada caso. Os pacientes do Interior têm acesso regulado, mediante oferta de vagas diretamente da Central Municipal de Fortaleza para a Central Estadual.

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