De acordo com o 6º Relatório Anual Mundial sobre a Qualidade do Ar, realizado pela empresa suíça “IQAir”, Fortaleza foi eleita como a única cidade brasileira a alcançar todos os parâmetros que consideram a qualidade do ar boa. Neste documento foram analisados os níveis de poluição que está presente no ar em vários países, e dentre as 38 cidades brasileiras que participaram, a capital cearense foi a que mais se destacou positivamente, atingindo todas as medidas determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Foi usada nesta avaliação a medida PM2.5, sigla que representa o material particulado, que consiste em partículas inaláveis que caracterizam um elemento de poluição atmosférico. É considerado ideal índices de 0 a 5 µg/m³. Quando os índices estão entre 5.1 e 10 µg/m³, estão acima do ideal, porém ainda aceitáveis, pois causam poucos riscos à saúde das pessoas. O índice de Fortaleza chegou a 3,4 µg/m³, ou seja, apresenta uma qualidade ideal.
Para o relatório, cerca de 30 mil estações de monitoramento do ar foram analisados, instalados em 134 países, presentes em 7.812 localidades.
Desde o ano passado, a Prefeitura de Fortaleza decidiu utilizar equipamentos para realizar um projeto de política de vigilância da qualidade do ar. Em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), os monitores verificam a qualidade do ar em diversas localidades pela cidade, por exemplo, perto de escolas municipais e pelo entorno do Parque do Cocó, para que em casos de incêndio seja detectado pelo equipamento, acionando os bombeiros em seguida.
“Fortaleza, hoje, está na ponta pela busca de melhoria das condições climáticas, mas a gente sempre quer dar um passo a mais e compreendemos que a qualidade do ar não se relaciona unicamente com a questão ambiental, também tem um aspecto de saúde muito importante”, ressaltou Luciana Lobo, titular da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), pela qual o projeto é executado.