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5 de novembro de 2024

Figueiredo pedirá mandato de quem usar “cartas de anuência nulas” para deixar o PDT

André também afirmou que segue "respeitando" o senador, apesar dos embates
Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

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O presidente nacional interino do PDT, deputado federal André Figueiredo, que vive um embate partidário com o senador Cid Gomes e seus aliados, disse nesta sexta-feira (10) que não facilitará a saída em massa dos parlamentares pedtistas que tentam deixar a sigla. André destacou que a direção pedirá, judicialmente, o mandato daqueles que tentarem deixar o PDT com “cartas de anuência nulas”. Nesta semana, a executiva nacional anulou anuências dadas pelo então presidente estadual do partido, Cid Gomes, que foi destituído do cargo nesta quinta (9).

“As cartas de anuência são nulas, desde o presidente [da Alece], Evandro Leitão. Vamos recorrer. Foram emitidas cartas de anuência até para quem não precisa, os prefeitos não precisam. Qualquer parlamentar que se utilizar de uma carta de anuência nula para tentar deixar o PDT, o partido vai pedir, de imediato, o mandato daquele parlamentar por infidelidade partidária”, afirmou.

A fala foi feita momentos antes do seminário 40 Anos das Diretas Já, promovido na Câmara Municipal de Fortaleza e que conta com participação dos ex-governadores Ciro Gomes e Tasso Jereissati, na manhã desta sexta-feira (10).

EMBATE

Na quinta-feira (9), em meio a imbróglio envolvendo André e Cid, o senador afirmou “não respeitar mais” o deputado federal e não mais o atender, caso ele telefone para o seu número de celular. André, por sua vez, rebateu: “durante a eleição do Robert0 (Cláudio) para o Governo do Estado, ele (Cid) já não atendia. A gente ligava e ele não atendia”, lançou.

Cid disse nesta quinta (9) que não há mais diálogo possível entre ele, Figueiredo e Carlos Lupi, ministro da Previdência Social do governo Lula (PT) e presidente nacional licenciado do partido. “Não há mais diálogo com a direção nacional. Se o Lupi me ligar agora, eu não atendo, porque eu não o respeito mais. Se o André me ligar, eu não atendo, porque não o respeito mais. Eles não são democratas, eles não têm a menor noção do que é democracia”, disparou Cid horas após ser destituído da direção estadual.

Na parte da noite, o senador reuniu um pelotão de aliados, os mesmos que querem se movimentam para deixar o partido, para anunciar uma nova reunião.

“Vamos convidar todos para na terça-feira, dia 14, no Hotel Gran Marquise, ouvir deles suas preocupações e procurar sempre tomar decisões coletivas”, anunciou Cid. “Eles”, a quem o senador se refere, são vereadores e prefeitos do interior, além de possíveis candidatos filiados ao PDT que planejam disputar as eleições de 2024.

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