Com tema “Patrimônio, fé e luta”, a Festa de Iemanjá foi celebrada nesta quinta-feira (15), na Praia de Iracema e na Praia do Futuro. O evento, enraizado na herança afro-brasileira, teve início na última terça-feira (13). Com quatro dias de atividades, a Festa vai até o próximo sábado (17), às 13h, com a Roda de Conversa na Sede do Coletivo Raízes da Periferia, e segue em cortejo até a Estação das Artes, no Centro de Fortaleza.
Realizada anualmente, a cerimônia reforça o respeito, a preservação da cultura, a memória e a ancestralidade. Nela, há uma programação diversificada que envolve crenças, tradições, além de promover a compreensão e interação entre as diferentes religiosidades. A celebração figura no calendário oficial dos festejos tradicionais do Estado pela Lei 17.104, e conta, anualmente, com grande adesão do público. O evento, já tradicional da cultura e religiosidade afro-brasileira no Ceará, reúne os povos de terreiro, filhos de Iemanjá, e admiradores da religiosidade de matriz africana.
A partir das 18h da última quarta-feira (14), ocorreu a abertura da Festa no Aterro da Praia de Iracema, realizada pelo Fórum Permanente do Povo de Terreiro do Ceará e com apoio da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Ceará. Nesta quinta, além da celebração à orixá, conhecida como a Mãe das Águas e Rainha do Mar, na Praia de Iracema, ocorreram as festividades na Praia do Futuro. O evento contou também com diversas apresentações culturais, nestes dois últimos dias.
No sábado, o evento tem encerramento marcado para a partir das 13h. Ao fim do cortejo, na Estação das Artes, equipamento da Secretaria Estadual do Ceará (Secult) e gerido pelo Instituto Mirante. A partir das 15h, será realizada a Roda de Conversa “Patrimônio, Fé e Luta: Iemanjá nos conduz”. Na sequência, terão as apresentações do Afoxé Filhos de Oyá, e do Grupo Cultural Toque de Senzala.
A tradição teve início oficialmente em 2013, com um conjunto de Terreiros de Umbanda de Fortaleza e Região Metropolitana. As celebrações, entretanto, ocorrem desde a década de 60.
Ano após ano, a festa tem reunido adeptos da Umbanda e do Candomblé, bem como simpatizantes das religiões e turistas presentes na cidade no mês de agosto. O festejo tradicional é considerado Patrimônio Imaterial conforme decreto nº 14.262, registrado pela Prefeitura de Fortaleza, um dos apoiadores do evento, por meio da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor).