A madrugada desta segunda-feira (28) foi de mais explosões em diferentes partes da Ucrânia. Em Kharkiv, os combates seguem após um domingo de disputas entre os países. Segundo o Ministério da Defesa britânico, a segunda maior cidade do país continua sob controle ucraniano.
Também houve explosões em Kiev, mas o governo ucraniano afirma que a capital apresenta uma situação tranquila há algumas horas, cenário diferente daquele visto nos últimos dias, quando a ofensiva russa cercou a cidade. Ainda assim, o Reino Unido diz que forças de Moscou permanecem a 30 km ao norte e são contidas pelos militares ucranianos que defendem Hostomel.
Os combates também continuam em Chernihiv, no norte da Ucrânia, onde um prédio residencial foi atingido por um míssil, o que causou um incêndio. Na região, o aeroporto de Zhitomir também foi alvo durante a madrugada, segundo as forças de Kiev. O lançamento teria sido feito da Belarus, apesar de o país ter dito mais cedo que não permitiria ataques a partir do seu território, em meio à expectativa da negociação entre Ucrânia e Rússia que começou na manhã desta segunda-feira, no horário de Brasília.
Apesar dos incidentes, tanto militares ucranianos quanto o Ministério da Defesa do Reino Unido afirmam que a Rússia diminuiu o ritmo de sua ofensiva. “Todos os esforços russos para ocupar [Kiev] falharam”, disseram as Forças Armadas do país, segundo a imprensa local. Para a pasta britânica, “falhas logísticas e a firme resistência ucraniana continuam a frustrar o avanço” de Moscou.
Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter tomado as cidades de Berdianski e Enerhodar, além da planta nuclear de Zaporizhzhia, segundo a agência de notícias Interfax. As autoridades locais ucranianas relataram ainda combates em Mariupol, mas Kiev nega ter perdido o controle da usina nuclear.
Negociações
Enquanto a guerra segue, a expectativa agora é pela negociação entre Moscou e Kiev na Belarus. A depender das condições do Kremlin, o presidente Volodimir Zelenski pode acabar assinando sua rendição. O gabinete do líder ucraniano, porém, diz que objetivo é buscar um cessar-fogo e a retirada das tropas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, não disse o que a delegação de seu país vai exigir. Nesta segunda, afirmou que Moscou está interessado em chegar a um acordo e lamentou que a negociação não tenha começado ainda no domingo.
Folhapress