Existe sim a maternidade mal vivida. Aquela que a gente empurra com a barriga, terceiriza, posterga, “relaxa” e entrega pra Jesus. Faz sentido? Faz não. Mas infelizmente ainda é uma realidade. Estou aqui para julgar? Não estou. Estou aqui para te alertar que, se sua maternidade está fácil demais, talvez você precise parar agora uns minutos e pensar no que está fazendo com ela. Um bebê precisa de leite, banho, colo.
Uma criança pequenina precisa falar, se movimentar, brincar. Uma criança maior precisa ser alfabetizada, ensinada, preparada. Uma criança no limbo entre infância e adolescência precisa ser orientada e, principalmente, ouvida. Em todos os momentos, as crianças precisam ser protegidas. Muito além de marcas caras, passeios exóticos e festas mirabolantes, nossos filhos precisam de uma mãe. Uma mãe presente que observa, escuta, orienta, aprende, se arrepende e recomeça.
Uma mãe que caminha junto, mesmo que isso a faça caminhar mais devagar. Uma mãe presente, que a cada ano que passa conquista um novo espacinho no coração de seu filho. Essa mãe cansa, esgota, cai e chora. Também sorri, vibra, sente e ama. Essa mãe é a mãe que lá na frente será procurada. Será lembrada. E será, no fim, uma grande saudade. Me conta: você deseja uma maternidade fácil? Eu não.