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17 de abril de 2025

Executiva nacional intervém no PDT Ceará; Cid nega tentativa de “golpe”

As lideranças da sigla se reuniram na tentativa de chegar a um entendimento após o clima de acirramento no Ceará

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A Executiva nacional do PDT, encabeçada pelo deputado federal André Figueiredo (PDT), decidiu tomar para si as competências da gestão estadual do partido no Estado após reunião nesta segunda-feira, 3, em Brasília. As lideranças da sigla, hoje dividida entre apoiadores de Figueiredo e os mais ligados ao senador Cid Gomes, se reuniram na tentativa de chegar a um entendimento após o clima de acirramento no Ceará.

O episódio crítico foi a convocação de uma reunião extraordinária do PDT Ceará marcada para a próxima sexta-feira, 7, a partir de mobilização de aliados de Cid. Segundo André, a convocação é “ilegal” e visa “destituir a atual Executiva” no Ceará. O senador Cid Gomes, no entanto, nega que isso seria uma tentativa de “golpe”.

“Não existe previsão estatutária, em nenhum local, que justificasse essa convocação, e consequentemente a Direção Nacional avocou para si a gestão do PDT no Ceará, neste momento, onde existem esses imbróglios esperando ser superados”, disse Figueiredo ao sair da reunião, na sede nacional do PDT, em Brasília, ao sair da reunião. O deputado ocupa, atualmente, a presidência nacional do partido após a licença de Carlos Lupi para assumir um ministério do governo Lula.

“Se eu sou presidente do PDT até 31 de dezembro de 2023 na certidão emitida pela Justiça Eleitoral e não há previsão estatutária de reunião de diretório para destituir executiva legitimamente eleita para um mandato, a tradução é muito simples”, respondeu Figueiredo ao ser questionado se a reunião marcada por Cid era um golpe.

“ONDE ESTÁ O GOLPE NISSO?”

O senador Cid Gomes, ao ser questionado após a reunião, rebateu que o encontro marcado para o dia 7 seria uma tentativa de “golpe”. “O André tem direito a dizer qualquer coisa que queira. Prevalecer o direito da maioria significa golpe? Ao meu juízo, é o contrário. Usurpação de poderes é você, sendo minoritário, querer persistir no comando do partido? Quem deve falar pelo PDT: uma pessoa que representa 20% dos seus filiados ou 80%? É golpe a maioria do partido entender que deve dar a liderança do partido a quem representa o sentimento majoritário do partido? Onde está o golpe nisso?”, questionou o senador.

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