Em busca de deter a organização criminosa que atuou na tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito, a Polícia Federal investiga o General Theophilo Gaspar, ex-comandante da 10ª Região Militar, no Ceará. O general é um dos alvos da operação Tempus Veritatis no Ceará e sofreu uma busca e apreensão nesta quinta-feira (8).
Ao todo, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em todo o país. No Ceará, o principal alvo da operação é Theophilo Gaspar, irmão do general Teophilo, ex-candidato ao Governo do Ceará, em 2018. Durante a eleição presidencial de 2022, Theophilo Gaspar tentou dar uma espécie de golpe no Exército para colocar sob seu comando as organizações militares de elite da Força. Ele era comandante de Operações Terrestres do Exército (Coter).
Além de Teophilo, a PF deflagrou a operação na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O órgão determinou que o ex-presidente entregasse o seu passaporte em um prazo de até 24 horas. As medidas judiciais estão sendo cumpridas no Ceará, Rio de Janeiro, Amazonas, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal.
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De acordo com a Polícia Federal, os grupos foram responsáveis por disseminar a suposta fraude do processo eleitoral de 2022. “As apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, afirmou o órgão.