O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, se diz “perseguido” e “lamenta” declaração do presidente interino em exercício do PDT nacional, deputado André Figueiredo, de que a anuência dada pela direção estadual do partido para que Evandro deixe a sigla é “nula”. “Lamento. Me sinto perseguido”, declarou Evandro em entrevista ao OPINIÃO CE, durante evento na área da educação que acontece nesta segunda-feira, 28, em Fortaleza. Participam da cerimônia o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e o governador Elmano de Freitas (PT), líderes políticos de Evandro na atual conjuntura.
Sem espaço no PDT para lançar candidatura à Prefeitura de Fortaleza em 2024 – o partido deve apoiar a reeleição de José Sarto (PDT) -, o presidente da Casa recebeu, na última semana, anuência da direção estadual, encabeçada pelo senador Cid Gomes (PDT), para deixar a sigla. O pedido foi votado no começo da noite da sexta-feira, 25, em reunião ordinária do diretório, convocada por Cid. Evandro participou do encontro por videochamada. Fez um discurso em que agradeceu ao PDT, destacou a importância do partido para sua trajetória política e pediu a anuência para deixar a sigla e seguir novos planos.
Segundo o deputado federal André Figueiredo, presidente nacional e estadual (licenciado) do PDT, no entanto, a Direção Nacional do partido proíbe qualquer carta de anuência. Evandro também é cortejado por outras siglas. “Vamos trabalhar para ele ser candidato a prefeito pelo PSB”, destacou Eudoro Santana em cerimônia de posse na presidência estadual do PSB, no sábado, 26. Outro partido que tenta levar Evandro é o PT. “Vamos brigar, no bom sentido, [pela filiação] do Evandro”, afirmou o deputado De Assis Diniz, líder do bloco governista na Assembleia Legislativa do Ceará.
Questionado sobre a definição sobre seu destino partidário, Evandro desconversa: “estamos avaliando”, diz.
Com colaboração de Felipe Nóbrega.
