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15 de fevereiro de 2025

Estudo internacional indica que Bolsa Família contribui para a redução de casos e mortes por tuberculose

A redução nos casos e mortes por tuberculose foi de mais de 50%, em pessoas extremamente pobres, e de mais de 60%, entre os povos indígenas
O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do Brasil. Foto: Lyon Santos/MDS

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Conforme um estudo publicado, nesta sexta-feira (3), na revista científica Nature Medicine, o Bolsa Família contribuiu para a redução de casos e mortes por tuberculose no Brasil. A pesquisa analisou dados de mais de 54 milhões de brasileiros, entre 2004 e 2015. Segundo o levantamento, o programa foi responsável por melhorar as condições de vida, acesso à alimentação, saúde e educação, fatores que influenciam na prevenção e tratamento da tuberculose. 

“Este estudo reforça a importância de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, não apenas no combate à pobreza, mas também na promoção da saúde pública”, destacou a pesquisadora do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e co-primeira autora do artigo, Priscila Pinto. 

A redução nos casos e mortes por tuberculose foi de mais de 50% em pessoas extremamente pobres e de mais de 60% entre os povos indígenas, como indicam os dados divulgados pelo ISGlobal (Instituto de Saúde Global) de Barcelona, um dos responsáveis pelo estudo. A pesquisa utilizou dados do Cadastro Único (CadÚnico), focando em brasileiros de baixa renda, com renda per capita de até R$ 218 mensais. Entre as pessoas analisadas, 23,9 milhões (43,8%) eram beneficiários do Bolsa Família, enquanto 30,66 milhões (56,2%) não recebiam o benefício.

Ainda foram utilizados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), em que também foi constatada uma redução nos casos de tuberculose e nas mortes relacionadas a doenças entre os beneficiários do programa. Além do ISGlobal (Instituto de Saúde Global) de Barcelona, a pesquisa contou com a colaboração do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Cidacs (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde) da Fiocruz Bahia e da Fundação “La Caixa” de Barcelona.

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