O Litoral do Ceará tem, ao longo dos anos, recebido investimentos em hotelaria e outros meios de hospedagem, como casas e condomínios para aluguel por temporada. São investimentos pesados. A urbanização gera empregos no setor da construção civil nos municípios, aumenta o movimento de vendas no comércio e estimula o novo emprego: trabalhar para empreendedores dos esportes do mar, algo que cresce numa dinâmica rápida em regiões praianas.
A tradição de termos bugueiros para passeios em dunas segue, mas o novo negócio mesmo é o emprego ligado aos esportes de água e vento. Kitesurfe, canoagem, beach tênis, bodyboarding, mergulho, stand-up paddle, surf, vôlei de praia, futebol de areia e windsurf compõem o cardápio esportivo praiano.
Todas essas modalidades exigem mão de obra de apoio, que vai da acomodação dos praticantes aos especialistas que ensinam e aperfeiçoam os esportistas.São 573 km de litoral distribuídos em várias praias ao longo de toda a extensão do Estado, da Praia de Manibu, em Icapuí, no litoral Leste, quase fronteira com o Rio Grande do Norte, à Praia do Pontal das Almas, em Barroquinha, no litoral Oeste, distante mais de 400 km de Fortaleza, quase fronteira com o Piauí.
Nessa rota, que também inclui a capital, há praias já consagradas turisticamente e que geram maior número de empregos, como Jericoacoara e Preá. Em Flexeiras, Porto das Dunas, Cauipe, Cumbuco, Lagoinha, Icaraizinho de Amontada, Praia do Futuro e Beira Mar de Fortaleza, se multiplicam as academias ao ar livre, escolas de corrida e caminhadas na areia. Profissionais usam o espaço público para trabalhar. São inúmeros educadores físicos na sala de aula de frente para o mar.
O que levantou a economia do turismo no litoral foi a aposta de investidores. São pousadas e hotéis luxuosos, com estruturas de ponta, campos de golfe, bangalôs, serviços cinco estrelas. Tem se tornado comum também o aluguel de casas de alto padrão, onde o hóspede encontra mobiliário impecável, quartos confortáveis e toda estrutura de lazer e gastronômica, inclusive com chefes de cozinha.
A parceria entre homem e Natureza continua oferecendo muitas possibilidades, gerando empregos, movimentando a economia.
Basta não ultrapassar a barreira da parceria para que ela não acabe entrando no patamar da exploração. É possível percorrer o caminho do meio.