Mesmo com a crescente do Pix e outras formas de pagamento, os boletos continuam sendo o meio mais utilizado por consumidores, de acordo com Banco Central (BC). Por conta da recorrência, a ferramenta é alvo de criminosos para aplicação de golpes, que vão desde códigos de barras alterados referente a uma compra, até o envio de faturas apontando dívidas falsas com ameaças de sujar o nome da vítima. O contador e especialista em assuntos financeiros Marcos Sá explica que todo boleto possui dados que podem identificá-lo como falso ou não.
“Antes de realizar o pagamento, verifique as informações do emissor como CPF ou CNPJ, nome completo ou razão social do cobrador, dentre outros. Caso observe dados incomuns, não efetue o pagamento”, explica Marcos Sá.
Uma das falhas recorrentes nos golpes com boletos, de acorco com o contador, é a falta de conferência minutos antes de realizar o pagamento. Marcos Sá também disse que algumas pessoas deixam passar, de forma despercebida, informações contraditórias apresentadas nos boletos. No entanto, ao passarem no sistema de pagamento, os dados que aparecem na tela podem se transformar em outros.
“Todos os boletos precisam ser devidamente registrados pelo Banco Central (BC), então, sempre que passar o boleto em um canal de pagamento digital, aplicativo ou caixa eletrônico, verifique com cautela os números exibidos e possíveis erros ortográficos. As informações apresentadas no papel ou PDF não são confiáveis, o que conta de fato são as que aparecem no sistema de registro”, reforça.
Dicas
Aos que costumam pagar por meio de aplicativos e internet banking, Marcos Sá frisa que existe um recurso chamado Débito Direto Autorizado (DDA). Com ele, de acordo com o especialista, é possível realizar pagamentos com seu CPF registrado no próprio boleto, sem a necessidade de utilizar códigos de barras. Nestes casos, se o CPF do pagador não estiver no impresso ou no digital, o DDA apontará. O registro no DDA pode ser realizado no banco e o cadastro deve ser efetivado como “pagador eletrônico”.
A menos que esteja pagando uma fatura no nome de outra pessoa ou instituição, todos os boletos terão seu CPF registrado, diminuindo os casos de fraudes. Os mesmos cuidados devem ser mantidos ao receber cobranças via whatsapp ou e-mail. Golpistas costumam se passar por vendedores, em nome de alguma instituição conceituada, oferecendo serviços e liberando pagamentos falsos. Antes de realizar a compra ou qualquer acordo financeiro, é importante entrar em contato com a própria empresa para se certificar da veracidade da venda.