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19 de abril de 2025

Endividamento de mulheres se agravou durante pandemia, indica pesquisa

Mesmo com recebimento do auxílio emergencial, entrevistadas apontam aumento dos custos domésticos e desemprego como fatores de diminuição e comprometimento de renda
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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As mulheres sofreram com aumento das despesas domésticas e maior endividamento, aponta pesquisa “Endividar-se para viver: o cotidiano das mulheres na pandemia”, divulgada nesta terça-feira, 11. O estudo faz parte do livro “O sistema financeiro e o endividamento de mulheres”.

O levantamento qualitativo foi feito com 37 mulheres de seis cidades do Norte e do Nordeste: Salvador (BA), Juarez Távora (PB), Viçosa do Ceará (CE), Imperatriz (MA), Belém (PA) e Manaus (AM).

Para cerca de 78% das entrevistadas, a renda familiar caiu durante a pandemia. Além disso, elas foram afetadas pelo desemprego de companheiros ou familiares, além do adoecimento de morte de membros da família. Das entrevistadas, 30 relataram terem recebido Auxílio Emergencial. Contudo, muitas vezes, o valor não simbolizou aumento real dos ganhos por conta do aumento do preço dos alimentos e do gás de cozinha.

A pesquisa aponta que o cartão de crédito foi a modalidade de crédito mais usada pelas mulheres na pandemia, totalizando 38% das entrevistadas. No universo pesquisado, 32% recorreram a outras modalidades enquanto faziam uso do cartão.

O crediário foi contratado por 33% das entrevistadas e firmou-se como a segunda modalidade de crédito mais usada na pandemia. O empréstimo pessoal contratado com bancos e o FIES vieram em seguida no levantamento.

Confira a pesquisa completa aqui.

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