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17 de abril de 2025

Empresária que disse para não contratar nordestinos deverá se desculpar, decide MPT

Catarinense chamou nordestinos de "desgraçados que passam fome" e aconselhou colegas a não contratar quem vota em Lula (PT)
Jacira Paula Revers Chiamenti publicou nas redes sociais um vídeo ofensivo aos nordestinos após o resultado do primeiro turno nas eleições de 2022. Imagem: Reprodução

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Após o resultado do primeiro turno das eleições, que deu ampla vantagem ao ex-presidente Lula (PT) no Nordeste, Jacira Paula Revers Chiamenti, empresária de Santa Catarina publicou um vídeo em que aconselha a não contratação de nordestinos na região Sul. Denunciada ao Ministério Público do Trabalho do estado, ela terá de pedir desculpas a sociedade pela fala.

Na gravação já excluída das redes sociais, a sócia de uma empresa de contabilidade chama as pessoas provindas da região nordestina de “desgraçados que passam fome” e vão para o estado dele “vender rede na praia”.

“Porque o que mais tem é carteira que a gente assina nas empresas desses desgraçados desses nordestinos que lá passam fome e vêm aqui vender rede na praia, pedir emprego de servente de pedreiro e ficar dormindo na frente dos nossos estabelecimentos. Se eles escolheram o Lula, eles que fiquem no estado deles”, prega.

Na gravação, ela pede que os empresários fechem as portas para quem votou no petista.

Na terça-feira, 18, a mulher assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPT-SC por assédio eleitoral.

Pelo documento, ela precisa publicar um novo vídeo pedindo desculpas. No material, precisa haver a informações de que assédio eleitoral é crime e de que funcionários que se sintam coagidos a votar em determinado candidato devem buscar o MPT.

A empresária também se comprometeu a não influenciar no voto de pessoas que procurem a empresa dela e a não demitir nem contratar funcionários de acordo com o posicionamento político deles. Para cada item descumprido, ela pode pagar até R$ 40 mil em multa. As informações são do portal G1 que procurou a catarinense e obteve como resposta somente que ela está cumprindo com as exigências do órgão e não vai se pronunciar para além disso.

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