Subsidiária da Fortescue Metals Group, a empresa australiana Fortescue Future Industries apresentou os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para licenciar a produção de Hidrogênio Verde (H2V) no Ceará. Segundo o Governo do Estado, que articulou o encontro ocorrido no último dia 19, a apresentação dos estudos é um marco significativo para a indústria de H2V no Ceará.
Parte do Memorando de Entendimentos (MoU) assinado entre o Governo do Estado e Fortescue, em 2021, a iniciativa tem como objetivo o desenvolvimento do Hub de Hidrogênio Verde no Ceará por meio da utilização da vasta capacidade de energia solar e eólica do estado, além de contribuir para a transição energética e a redução das emissões de carbono. A previsão de investimento na área é da ordem de R$ 20 bilhões.
Segundo Gianpaola Ciniglio, gerente do Meio Ambiente da empresa, o projeto a ser instalado no Complexo do Pecém é o primeiro da empresa com os estudos Eia/Rima no mundo. Em um segundo encontro entre a gestão estadual e a empresa, realizado nesta sexta-feira, 21, o CEO da empresa, Luis Viga apresentou os próximos passos da empresa sobre o projeto e reforçou a necessidade da atuação do Governo Federal para viabilizar o Hub de Hidrogênio Verde no Brasil.
“Estive reunido com a diretoria do grupo Fortescue, líder da indústria de minério de ferro no mundo. A empresa é comprometida com a produção de energias limpas, tendo como meta a emissão zero de carbono até 2030”, disse o governador Elmano de Freitas (PT), nas redes sociais.
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CRONOGRAMA
O projeto será implantado em três fases em uma área de 100 hectares, no Complexo do Pecém. A expectativa é de que mais de 5 mil empregos sejam gerados na construção do empreendimento. O investimento será de R$ 20 bilhões e produzirá 837 toneladas de hidrogênio verde por dia.
A Fortescue apresentou o cronograma geral do licenciamento, enfatizando uma Audiência Pública marcada para o dia 2 de agosto de 2023, e uma reunião com o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema), prevista para setembro deste ano. Conforme reforçou a diretora de Controle e Proteção Ambiental da Semace, Emanuelle Leitão, a análise do estudo está em processo e a vistoria da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) ocorrerá no dia 31 de julho de 2023.
ESTUDOS
O Estudo de Impacto Ambiental (Eia) é um levantamento técnico de todos os possíveis impactos ambientais que possam ser gerados por empreendimentos ou atividades que apresentem potencial de degradar o meio ambiente, ou que sejam efetivamente degradantes. Além de levantar os potenciais impactos negativos, o Eia tem a função de propor medidas para impedir ou mitigar tais impactos. O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) deve apresentar as conclusões obtidas através do Eia para o público em geral. Ele deve trazer os impactos possíveis do empreendimento ou atividade, as medidas mitigadoras que devem ser tomadas e o plano de monitoramento desenvolvido.
