O candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), esteve em sabatina na noite desta terça-feira, 23, no Jornal Nacional, da Rede Globo. Na entrevista, o ex-ministro afirmou que o presidencialismo de coalizão implantado no País é uma “certeza de crise eterna”, criticou os candidatos concorrentes Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), defendeu a criação de um “plebiscito programático” para solucionar os problemas políticos como a falta de apoio no Congresso e disse que pretende projetar o país para os próximos 30 anos, se inspirando em Portugal quanto aos indicadores sociais.
Para Ciro, é preciso “denunciar” as ações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL). Ao longo dos 40 minutos de entrevista, Ciro centrou em atacar as últimas gestões presidenciais. Segundo ele, a frustração com o atual chefe do Executivo, fará o País voltar ao “fracasso”. “A ciência de errar é repetir as mesmas coisas do passado e achar que vai ter resultados diferentes. Vamos nos livrar da bola de chumbo do passado”, disse Ciro, se referindo às intenções de voto em Lula e Bolsonaro.
Próximo 30 anos
Sobre as propostas de governo, Ciro disse querer projetar o país para os próximos 30 anos. “Minha tarefa é projetar o país para os próximos 30 anos. Quero transformar o Brasil em Portugal em termos de indicadores sociais e econômicos“, afirmou o pedetista. Ele também falou sobre sua proposta de financiamento às famílias de baixa renda: “Vou agregar um imposto sobre as fortunas acima de R$ 20 milhões. Os ‘super-ricos’ vão ajudar a financiar a sobrevivência digna dos brasileiros abaixo da linha da pobreza“.
O candidato do PDT também se comprometeu a não buscar reeleição, uma vez eleito. “Eu não sou corrupto, não tenho medo de CPI. E abrindo mão [da reeleição], eu me preocupo apenas em fazer as reformas que o País precisa”, respondeu Ciro.
Com informações da Agência Estadão.