O presidente Lula (PT) deve promover mudanças no primeiro escalão do seu Governo. Em almoço realizado com os seus 38 ministros nesta sexta-feira (20), o chefe de Estado admitiu aos presentes que deve realizar trocas nos comandos das pastas. Aliados do petista têm pressionado pelas mudanças na gestão, devido à possibilidade de ele não conseguir se reeleger para um novo mandato em 2026. As informações são do O Estado de S. Paulo.
Uma das pastas em que deve ocorrer troca no comando do cargo é a comunicação do Executivo, na Secretaria de Comunicação Social. O nome ventilado, até o momento, é de Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula na campanha vitoriosa de 2022, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não conseguiu a reeleição. Caso a alteração ocorra, Paulo Pimenta (PT) deixaria o cargo.
O almoço da sexta ocorreu na semana do retorno do presidente a Brasília. Anteriormente, o chefe do Executivo havia realizado dois procedimentos cirúrgicos para tratar uma hemorragia intracraniana. No encontro, Lula disse que, “por amor a si mesmo e à primeira-dama Janja”, vai obedecer às ordens médicas sobre a restrição à sua agenda pelos próximos 45 dias. A indicação é de que ele possa fazer reuniões, mas compromissos mais cansativos, como viagens, sejam evitados.
SEIS TROCAS JÁ FORAM REALIZADAS
Até o momento, o presidente já realizou seis trocas ministeriais. A primeira troca ocorreu em abril de 2023, em que o general Gonçalves Dias, até então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pediu demissão após imagens divulgadas sobre o ataque do dia 8 de janeiro. O general da reserva Marcos Antonio Amaro dos Santos assumiu o cargo.
Em junho, ainda no primeiro ano de Governo, o presidente substituiu a deputada Daniela Carneiro (União Brasil) pelo também deputado Celso Sabino (União Brasil). A mudança ocorreu no Ministério do Turismo. Em setembro, buscando apoio de partidos do centrão no Congresso, o presidente promoveu trocas no comando das pastas de Esporte, de onde saiu Ana Moser e assumiu André Fufuca (PP), e de Portos e Aeroportos, com a saída de Márcio França (PSB) e chegada de Silvio Costa Filho (Republicanos).
Em janeiro de 2024, com a indicação do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para a cadeira de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski – que também já foi ministro no STF – foi anunciado para o cargo. A última mudança ocorreu em setembro, com a demissão de Silvio de Almeida do Ministério dos Direitos Humanos, por suspeita de assédio sexual contra a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco. Quem assumiu o cargo foi Macaé Evaristo (PT).