O governador Elmano de Freitas (PT) afirmou ao OPINIÃO CE que vê como natural a disputa interna pela Presidência dos Diretórios do PT no Estado. No próximo dia 6 de julho, vai ocorrer o Processo de Eleição Direta (PED) em todo o território nacional, para a definição de quem presidirá o partido nos âmbitos municipal, estadual e nacional. No Ceará, o partido está dividido. O chefe do Executivo cearense, uma das lideranças da legenda, ressaltou que o momento é de debate e diálogo.
Questionado se acredita em um consenso entre as correntes, para apenas que uma chapa única seja apresentada, Elmano afirmou que unidade “sempre teve” dentro do PT, mas que será discutida a possibilidade de uma única candidatura. “É saber se vamos ter chapa única ou não. Mas esse é o processo natural do PT”, frisou.
Para a Presidência do PT Ceará, pelo menos quatro nomes já estão colocados. O Campo Democrático, corrente liderada pelo deputado federal José Guimarães, apresenta três nomes: o secretário estadual do Trabalho, Vladyson Viana, o Presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Inácio Mariano e o prefeito de Itapipoca, Felipe Pinheiro. Felipe, aliás, tem o apoio do ministro da Educação, Camilo Santana, principal liderança do partido no Ceará. Já pelo Campo de Esquerda, movimento da deputada federal Luizianne Lins, a possível candidata é a vereadora de Fortaleza, Adriana Almeida.
O processo, inclusive, levantou possíveis rixas entre as lideranças. No último dia 7 deste mês de abril, Guimarães e Camilo se reuniram em Brasília. Aliado do parlamentar, o deputado estadual De Assis Diniz ressaltou que “não existe crise” entre os dois. “Nosso projeto é coletivo, construído com diálogo, compromisso e muito trabalho, lado a lado com Camilo Santana e Elmano de Freitas. O que nos une é maior do que qualquer tentativa de divisão: é o povo cearense e o futuro que queremos construir juntos!”, comentou.
Já para o âmbito municipal do partido em Fortaleza, os candidatos colocados são o ex-deputado estadual Antônio Carlos e a também vereadora de Fortaleza, Mari Lacerda. Enquanto o ex-parlamentar tem o apoio do recém-criado Campo Popular, corrente que conta com nomes como o deputado federal Zé Airton, a senadora Augusta Brito e os deputados estaduais Missias do MST e Guilherme Sampaio, a vereadora é apoiada por Luizianne.