O secretariado do governador Elmano de Freitas é a concretização do que o PT sempre sonhou. Tem agricultor, índio, sindicalista, líder de movimento estudantil, religioso e servidores públicos. Pela primeira vez, uma equipe de governo se abriu a todos os segmentos da sociedade.
Não é fácil romper uma tradição conservadora, que as elites montaram no Palácio do governo. Elmano conseguiu abrir o Abolição, estender o tapete vermelho para segmentos da sociedade, com o olhar que só um político popular e de compromisso com segmentos vulneráveis pode ter.
No seu discurso, ao falar de fome, Elmano chorou. O combate à mazela será sua maior e principal política pública. Vai fazer obras, mas sua pauta será gerar emprego, alimentar famintos e bancar a educação das crianças pobres. Seja qual for o valor do investimento, ficou bem claro para o secretariado.
Tratamento duro
Elmano foi duro com o PDT. Conseguiu apoio do partido para seu governo, mas não deu critério de indicações. Os três deputados do PDT para seu secretariado foram escolhidos por ele. Não aceitou indicações de Cid Gomes e André Figueiredo.
MDB rachou
Ao contrário do PDT, que não foi ouvido sobre indicações para o secretariado, no MDB, Eunício Oliveira foi consultado. Ele indicou os mesmos secretários, Aloísio Carvalho e Rogério Pinheiro. deixando de prestigiar duas lideranças, os deputados Audic Mota e Leonardo Araújo. Jade foi cota pessoal de Elmano, que deve viabilizar, também, os dois suplentes do MDB na Assembleia, sem consultar Eunício. O racha no partido é evidente, real.
Revolta dos petistas na solenidade de Elmano
O secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, provocou revolta nos petistas que atuam fortemente na Defesa dos Direitos Humanos. Estava com uma pistola na cintura, durante a posse como secretário. Mauro é indicação de Camilo Santana.