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11 de setembro de 2024

Elmano fala de prioridades da gestão e atos antidemocráticos em reunião com secretários

Reafirmando promessa de campanha e de posse, petista destacou, por exemplo, esforços empenhados na área da saúde para acabar com filas de cirurgias eletivas
Foto: Beatriz Boblitz

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Na primeira reunião de seu secretariado, que aconteceu nesta última quarta-feira, 11, no Palácio da Abolição, o governador Elmano de Freitas (PT) falou das prioridades neste início de gestão, comentou sobre os ataques em Brasília e as ações que devem ser colocadas em prática no Ceará para combater eventuais atentados antidemocráticos. Reafirmando a promessa de campanha e de posse, o petista destacou os esforços empenhados na área da saúde para acabar com as filas de cirurgias eletivas.

Assim como no dia em que foi diplomado e no dia em que tomou posse, o tema abriu a fala do governador quando questionado sobre as prioridades de sua gestão. Segundo o chefe do Executivo estadual, a intenção é desenvolver iniciativas em parceria com o governo federal; para isso, ele citou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, bem como o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que, segundo Elmano, também deve ajudar a desenvolver políticas de combate à fome na região. A própria composição do secretariado do petista foi feita de maneira a espelhar os ministérios do governo do presidente Lula (PT). Ao todo, são 32 pastas, sendo 10 destas criadas na nova gestão. Elmano citou o projeto da reforma administrativa, que será votado na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) em fevereiro. A informação do período previsto para votação, que já havia sido adiantada em primeira mão pelo OPINIÃO CE, foi confirmada mais uma vez pelo governador ontem.

Nesse sentido, o adiamento do debate da reforma tem efeito no secretariado de Elmano. Dos 32 nomes anunciados no domingo, 1º, na cerimônia de posse do governador, 14 aguardam a aprovação do tema no Legislativo para assumir oficialmente suas respectivas pastas. Até lá, o quadro de secretarias do Executivo estadual segue sendo o mesmo dos governos Camilo Santana (PT) e Izolda Cela (sem partido). Desse modo, só foram empossados titulares das 18 pastas que já existem.

Outro detalhe que o governador ressalta é a paridade de gênero para a escolha do quadro, composto por 16 homens e 16 mulheres. “O primeiro em paridade de gênero, mas também formado com atenção aos povos indígenas, igualdade racial e toda a diversidade do povo cearense”, destacou Elmano.

REDES SOCIAIS
O encontro de ontem também foi registrado pelo governador nas redes, que elencou as estratégias para as pautas que, segundo ele, são prioritárias neste momento: “combater a fome no Estado, melhorar o acesso à saúde em todo o Estado, facilitar a mobilidade entre a Capital e região metropolitana, cumprindo aquilo que foi firmado com o povo cearense, entre outros projetos para melhorar a qualidade de vida da nossa população.”

Recém chegado de Brasília, Elmano esteve em reunião com o presidente Lula, que reuniu os chefes de todos os 26 estados e do Distrito Federal e representantes de todos os Poderes. Sobre o encontro, o governador ressaltou que “há uma unidade entre todos os governadores do Brasil” para combater atos antidemocráticos.

Ainda segundo Elmano, foi definido na reunião que todos acampamentos, em todos os estados, seriam desmontados e “não se aceitariam manifestações que reivindicam golpe, que desrespeitam a democracia.”

Ainda na ocasião, Elmano afirmou que a ordem no Ceará e demais estados é que sejam coibidas manifestações que envolvam fechamento de vias públicas e depredação de prédios públicos. “Aqueles que assim fizerem devem ser presos em flagrante”, pontuou.

EM BRASÍLIA
Lula convocou a reunião com governadores na última segunda-feira, 9, após os ataques terroristas na Praça dos Três Poderes, quando golpistas depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Foram a Brasília 23 governadores. Os outros 4 estados enviaram representantes. Os discursos no encontro foram de defesa à democracia e repúdio aos ataques do domingo.

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